Como reduzir a lesão cerebral após ressuscitação cardiopulmonar? Nova diretriz responde

A nova diretriz faz recomendações de intervenções agudas para reduzir a lesão cerebral em pacientes adultos que estão em coma após ressuscitação cardiopulmonar bem-sucedida.

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Até recentemente, o manejo de pós-reanimação de sobreviventes de parada cardíaca era direcionada principalmente a lesões sistêmicas e cuidados neurológicos agudos focados principalmente no prognóstico, com cuidados de suporte de complicações neurológicas. Recentemente, o interesse em fornecer intervenções neuroprotetoras agudas aumentou, com a intenção de melhorar a sobrevida e a independência dos pacientes.

A diretriz publicada pela American Academy of Neurology teve como objetivo avaliar as evidências e fazer recomendações de intervenções agudas para reduzir a lesão cerebral em pacientes adultos que estão em coma após ressuscitação cardiopulmonar bem-sucedida.

A diretriz abordou três questões principais:

  1. Em pacientes com parada cardíaca não traumática, a hipotermia terapêutica leve induzida ou o controle direcionado da temperatura melhoram o resultado após a ressuscitação cardiopulmonar em adultos que estão inicialmente em coma?
  2. Em pacientes com parada cardíaca não traumática, os medicamentos neuroprotetores melhoram o resultado após ressuscitação cardiopulmonar em adultos que estão inicialmente em coma?
  3. Em pacientes com parada cardíaca não traumática, outras intervenções médicas ou combinações de intervenções melhoram o resultado após ressuscitação cardiopulmonar em adultos que estão inicialmente em coma?

Veja também: ‘Ressuscitação cardiopulmonar: melhorando sobrevivência’

A seguir estão descritos os principais resultados e recomendações:

– Para pacientes em coma que o ritmo cardíaco inicial e taquicardia ventricular (TV) sem pulsos ou fibrilação ventricular (FV) após parada cardíaca extra-hospitalar, a hipotermia terapêutica (32-34 °C por 24 horas) é altamente provável de ser eficaz na melhora do desfecho neurológico funcional e na sobrevida em comparação com não-hipotermia terapêutica e deve ser oferecida (Nível A).

– Para pacientes em coma que o ritmo cardíaco inicial é TV/FV ou assistolia/atividade elétrica sem pulso após parada cardíaca extra-hospitalar, o controle direcionado da temperatura (36 °C por 24 horas, seguido de 8 horas de reaquecimento para 37 °C e manutenção de temperatura abaixo de 37,5 °C até 72 horas) é tão efetivo como hipotermia terapêutica, sendo considerado uma alternativa aceitável (Nível B).

– Para pacientes em coma com um ritmo inicial de atividade elétrica sem pulso/assistolia, a hipotermia terapêutica possivelmente melhora a sobrevida e o desfecho neurológico funcional na alta versus cuidados padrão e pode ser oferecida (Nível C).

– O resfriamento pré-hospitalar como complemento de hipotermia terapêutica é altamente provável de ser ineficaz para melhorar o desfecho neurológico e a sobrevida e não deve ser oferecido (Nível A).

Outras estratégias farmacológicas e não farmacológicas (aplicadas com ou sem hipotermia terapêutica concomitante) também foram revisadas nesta diretriz. Para acessar a diretriz na íntegra acesse o link.

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Referência:

  • Armstrong MJ, Damian M, Mayer SA, Ornato JP, Suarez JI. Practice guideline summary : Reducing brain injury following cardiopulmonary resuscitation. Neurology. 2017 May 10. pii: 10.1212/WNL.0000000000003966. doi: 10.1212/WNL.0000000000003966. [Epub ahead of print]

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