Como usamos FAST HUG na visita domiciliar?

O FAST HUG é muito usado no meio hospitalar, principalmente em cuidados intensivos, mas este método também pode ser usado no meio ambulatorial.

Mneumotécnicas para potencializar a abordagem clínica são sempre bem-vindas. São inúmeras as possibilidades já existentes e ainda por vir, sendo vários os métodos para organizar o pensamento e auxiliar à prática diária. E quando uma técnica é eficaz, rapidamente se espalha, como é o caso do conhecido FAST HUG, muito usado no meio hospitalar, principalmente em cuidados intensivos. Mas poucos suspeitam que este método também pode ser usado no meio ambulatorial, quando em visitas domiciliares em geral!

Usualmente aplicado à pacientes com certa gravidade ou risco, ao ser utilizado nos domicílios favorece à prática de excelência no lar, já que por vezes os pacientes cujas visitas são realizadas também se encontram em situação requisitante de atenção, sendo estes acamados ou não.

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Médico realiza atendimento aplicando FAST HUG para melhor atender o paciente em ambiente ambulatorial domiciliar.

FAST HUG

Rememorando rapidamente, FAST HUG faz alusão a avaliação de:

  • Feeding (alimentação): tipo de nutrição e possibilidade de ingestas ou jejum;
  • Analgesy (analgesia): dores presentes;
  • Sedation (sedação): agitação/delirium e necessidade de sedação;
  • Tromboprofilaxy (tromboprofilaxia): medidas profiláticas para tromboembolias;
  • Head of bed (cabeceira da cama): elevação de cabeceira para evitar pneumonia, num contesto de medidas gerais anti-infecciosas;
  • Ulcer control (controle de úlceras): prevenção de úlceras de decúbito, gástricas, corneais, por sondas;
  • Glicemic control (controle glicêmico): controle de hipo/hiper glicemia.

Leia também: Prevenção quaternária no SUS: de saúde à economia

Segue, por tanto, uma adaptação própria do mesmo acrônimo para orientação de avaliação nas visitas domiciliares:

  • Fact and food: Qual motivo da consulta no domicilio? Há queixas novas? Avaliar estado nutricional do paciente, hidratação, desnutrição por excesso ou carências e suplementações alimentares em uso.
  • Analgesia: Existe necessidade e, se presente, está correta a analgesia para o paciente?
  • Situação de risco presente: Ambiente é adequado? Higienização geral boa? Há cuidadores e estão aptos para tal?
  • Tratamento: Quais remédios prescritos e caseiros em uso com sua posologia, adequabilidade com a patologia, e horários de uso? O paciente identifica quais remédios usar e os usa corretamente?
  • Head to toe: Da cabeça aos pés, realizar avaliação psicossomática. Como está o estado mental/emocional do paciente e seus cuidadores? Exames físico e, complementares se necessário.
  • Utensílios e materiais: Sondas, gazes, colchões pneumáticos, materiais de cura diária… Existe o uso? Paciente e cuidadores sabem realizar limpeza e a periodicidade de troca? Há necessidade de intervenção/correção de condutas?
  • Gapping: Após anamnese, exame físico e afins da consulta; Estou esquecendo de algo? Revisar, reavaliar e confirmar por fim o plano terapêutico traçado.

São várias as habilidades que podem ser desenvolvidas na prática e que são úteis à si e provavelmente úteis também aos outros. Quanto mais opções de melhoria existirem, melhor. Portanto, leve a dica e boa visita!

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