Conheça as indicações para solicitar ultrassom pulmonar

Nova técnica avalia o tórax pelo ultrassom por meio de imagens de forma indireta no paciente crítico a beira leito. Conheça os benefícios:

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As ondas sonoras emitidas pelos aparelhos de ultrassom, quando o meio de propagação é o ar, são inevitavelmente distorcidas. Isso ocorre devido ao fenômeno de reverberação. Assim, o aparelho não consegue captar os ecos e apresentar uma imagem adequada da estrutura em estudo. Nesse sentido, a avaliação torácica pelo método da ultrassonografia nunca tinha sido uma boa ideia. Mas só até agora.

Diante das inúmeras vantagens de aplicabilidade do ultrassom, tais como método de fácil domínio, alta disponibilidade, baixo custo, não invasivo, a beira leito e sem uso de radiação, algumas pesquisas acabaram por desenvolver técnicas capazes de avaliar as imagens ultrassonográficas de forma indireta, através do estudo dos seus artefatos. A técnica em questão baseia-se no fato de que as alterações patológicas que podem ocorrer no tórax reduzem, de forma geral, a quantidade de ar permitindo uma avaliação dessas estruturas. As patologias se comportam de forma diferente umas das outras, pois cada uma reduz a quantidade de ar de forma distinta.

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Nos casos de derrame pleural, por exemplo, o espaço preenchido pelo derrame é demonstrado na imagem como líquido, pelas características anecoica ou hipoecoica. Semelhantemente, nos casos de atelectasia e consolidação pulmonar ocorre a perda da aeração tornando a área de parênquima pulmonar visível. Ainda temos as patologias que cursam com edema pulmonar ou infiltrado intersticial, gerando na imagem as chamadas linhas B.

Não somente podemos avaliar o tórax pelo ultrassom no paciente crítico a beira leito, como ainda é possível também acompanhar sua melhora. Pesquisas demonstram a fidedignidade ao relacionar o sucesso dos tratamentos através das atenuações das alterações ecográficas.

Dessa forma, reduz-se drasticamente a necessidade de radiografias e tomografias, barateando o custo das internações sem alterar os desfechos clínicos. Assim, esteja pronto a partir de agora para saber utilizar mais essa ferramenta na sua prática clínica.

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Referências:

  • Referência: Ultrassom pulmonar em pacientes críticos: uma nova ferramenta diagnóstica. Neto FLD; Dalcin PTRD; Teixeira C; Beltrami FG. J Bras Pneumol. 2012;38(2):246-256

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