Conheça as inovações médicas que prometem marcar 2020

Estamos caminhando para o fim de 2019 e a Cleveland Clinic divulgou o que podem ser as 10 principais inovações médicas para 2020.

Estamos caminhando para o fim de 2019 e já começamos a pensar no que o ano de 2020 pode trazer de novo na medicina. A Cleveland Clinic, que está entre os cinco melhores hospitais dos Estados Unidos, já divulgou o que promete ser as dez principais inovações médicas para 2020.

Para complementar o conhecimento, citaremos, juntamente com as inovações, as principais publicações do Portal PEBMED em cada área no ano de 2019, incluindo as referências dos estudos.

  1. Novo medicamento para osteoporose

Recentemente, o Food and Drugs Administration (FDA) dos Estados Unidos, aprovou um novo medicamento para osteoporose de ação dupla, o romosozumabe. É um anticorpo monoclonal que oferece aos pacientes com a doença um novo tratamento preventivo para gerenciar o risco de fraturas ósseas.

O grande diferencial do medicamento é o fato de oferecer em um tratamento único tanto qualidades anabólicas quanto antirreabsortivas, que contribuem para diminuir a perda óssea e, ao mesmo tempo, criar novos resultados ósseos, resultando em mais construção óssea.

  1. Expansão do uso da cirurgia da válvula mitral minimamente invasiva

O tratamento da regurgitação mitral (RM) foi revolucionado com um dispositivo chamado transcateter, fornecendo aos pacientes uma solução menos invasiva para sua regurgitação. Em março de 2019, o FDA expandiu o uso do dispositivo para incluir pessoas com RM secundária ou funcional, mesmo com terapia médica ideal, aumentando efetivamente as opções de tratamento para esse grupo de pacientes.

Quer saber mais? No Portal PEBMED, discutimos este ano a importância do exercício físico na reabilitação no contexto do pós-operatório da cirurgia valvar.

  1. Nova medicação para cardiomiopatia amiloide associada à transtirretina

Em maio de 2019, a Food and Drug Administration dos EUA aprovou as cápsulas de Vyndaqel® (tafamidis meglumine) e Vyndamax® (tafamidis) para o tratamento da cardiomiopatia causada pela amiloidose mediada por transtirretina (ATTR-CM) em adultos. Estes são os primeiros tratamentos aprovados pela FDA para esta doença, sendo citados como tendo papel importante na melhora da sobrevida e na qualidade de vida.

  1. Terapia para reduzir de alergias ao amendoim

O desenvolvimento de um novo medicamento de imunoterapia oral para aumentar gradualmente a tolerância à exposição ao amendoim oferece uma excelente oportunidade para os pacientes alérgicos. O medicamento biológico oral Palforzia, que foi recomendado para aprovação por um painel de especialistas da FDA, será provavelmente o primeiro medicamento a tratar alergias de amendoim com risco de vida em crianças e ajudar a diminuir o medo de exposição. Há outros estudos em andamento como a imunoterapia sublingual.

  1. Estimulação da medula espinhal em circuito fechado

A estimulação da medula espinhal tem servido como um tratamento importante para a dor crônica, mas resultados insatisfatórios decorrentes de eventos subterapêuticos ou de superestimulação são comuns. A estimulação em circuito fechado permitirá uma melhor comunicação entre o dispositivo e a medula espinhal, proporcionando uma estimulação mais ideal e diminuindo a necessidade de prescrição de opioides.

  1. Biológicos em reparação ortopédica

O artigo também comenta sobre o uso de produtos biológicos, como células, componentes sanguíneos, fatores de crescimento e outras substâncias naturais em reparos ortopédicos. O uso desses elementos pode melhorar o tratamento dos pacientes após a cirurgia ortopédica, acelerando os resultados. Sobre isso, compartilhamos um vídeo explicativo.

  1. Envelope de antibióticos para prevenção de infecção por dispositivo implantável cardíaco

Uma outra novidade são os envelopes embebidos em antibióticos, feitos de material de malha para evitar infecções, utilizados para cercar os dispositivos eletrônicos implantáveis cardiovasculares. Nós publicamos em nosso portal no início do ano o estudo do American College of Cardiology (ACC) 2019 que mostrava bons resultados com o uso do dispositivo.

  1. Ácido bempedoico para baixar o colesterol em pacientes com intolerância à estatina

Novamente, o artigo citou um tema do ACC 2019: o uso ácido bempedoico. O objetivo do medicamento é fornecer aos pacientes uma abordagem alternativa para o tratamento do colesterol alto. Como alguns pacientes experimentam dor muscular inaceitável com o uso de estatina, que é o tratamento padrão para pacientes com colesterol alto, o novo tratamento fornece aos adultos que sofrem de altos níveis de colesterol uma alternativa viável.

  1. Inibidores do PARP para terapia de manutenção no câncer de ovário

O uso dos inibidores da poli (ADP ribose) polimerase (PARP) está sendo aprovado para terapia de manutenção de primeira linha em doença em estágio avançado. O medicamento age bloqueando o reparo do DNA danificado nas células tumorais, que é atribuído à morte celular, e devem melhorar os resultados na terapia do câncer.

  1. Medicamentos para insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada

Os inibidores do sodium-glucose co-transporter 2 (SGLT2) emergiram como uma classe potencial de droga eficaz para a prevenção da insuficiência cardíaca (IC) em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Evidências crescentes indicam que esses medicamentos também podem induzir efeitos benéficos cardíacos e renais combinados e são promissores para o tratamento da IC em pacientes com e sem diabetes mellitus, bem como na IC de fração de ejeção reduzida e na insuficiência cardíaca de fração de ejeção preservada (ICFEP).

Ainda não se sabe se essa promessa se traduz em eficácia clínica, mas os resultados de estudos em andamento altamente antecipados podem ajudar a fornecer a resposta a essa pergunta. Essa opção de medicação para ICFEP é interessante, tendo em vista que ainda não há tratamento especifico para este tipo de IC, sendo basicamente manejada com controle sintomático.

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