Consulta em Libras, e agora doutor?

Possuir ciência de sinais básicos de comunicação em Libras pode ajudar muito no atendimento do paciente com surdez, com eficácia nas condutas clínicas. 

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Cada segundo de vida que contamos no relógio é, indubitavelmente, uma vitória contra os impasses socioculturais que, hodiernamente, são rotina nos rincões do país. Seja em grandes e movimentadas urbers, seja em meros sertões de habitantes solitários, os desafios de sobrevivência obrigam o ser humano a revolucionar-se para fazer frente aos riscos que espreitam a sua vitalidade. Ainda mais quando se é considerado uma pessoa “especial”, devendo sofrer metamorfose intelectosensitiva para vir a ser um indivíduo “espetacular”.

Como obra do destino, como resultado devastador de movimentos antivacinas ou, até mesmo, de uso de fones de ouvido com alto volume o meio inóspito global contabiliza, aproximadamente, 466 milhões de pessoas com algum tipo de surdez (podendo chegar a 900 milhões em 2050) segundo a Organização Panamericana de Saúde. Sendo que a cifra propiciada pelo território nacional é, aproximadamente, de 9,7 milhões de pessoas, cerca de 5% do contingente pátrio, segundo último censo do IBGE.

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Torna-se, então, obrigação ética dos profissionais de saúde ter meios para atuar de forma contundentemente positiva e humana. Principalmente em situações onde se é requerida comunicação clara e resolutiva para com pessoas surdas.

Sendo o principal método disponível, a LIBRAS ( Linguagem Brasileira de Sinais), com celebração nacional no dia 24 de Abril, é a linguagem ideal para consultas inclusivas. Para tanto, possuir ciência de sinais básicos de comunicação pode ajudar muito no atendimento do paciente, com eficácia em avaliação e condutas clínicas. 

Como aprender? Ou pelo menos usar “hackings” ou macetes para ajudar na hora definitiva?

Atualmente, para os que desejam algo mais detalhado, existem diversas universidades, escolas e grupos que ministram cursos de LIBRAS gratuitamente ou com honorários, certificados e não certificados, presenciais ou não, com conteúdo de qualidade. Vale a pena fazer uma busca por conveniência, in loco municipal, ou por internet, para melhor adequação de custos, localização, e tempo disponível.

 Uma dica de leitura é a Enciclopédia da Língua Brasileira de Sinais( volume 5, editado pela livraria da USP, EDUSP). Nela você pode encontrar uma abordagem de sinais básicos sobre medicina. Para os que estão ligados na rede, sites de dicionários em LIBRAS são uma ótima jogada para tirar dúvidas, como o da Acessibilidade Brasil, com farta gama de palavras e sinais atualizados. 

Já sobre aplicativos, há com gratuidade o premiado Hand Talk, aplicativo alagoano eleito pela ONU o melhor app de inclusão social do mundo em 2013. Ele está disponível em plataforma Android e IOS e faz tradução instantânea de voz e escrita, e que pode ser a salvação em algum momento de “aperto” da consulta. 

E, não menos cabível, a Organização Mundial da Saúde traz o app “hearWho”. Que, em testes simples, avalia sem custos a condição auditiva do usuário em questão.

Por tanto, não devido à questão de necessidade, mas sim de humanismo, é factivelmente importante ter em mente, ou melhor, “em mãos”, estratégias e sapiência para poder interagir, auxiliar, e vivenciar as experiências espetaculares vividas por vários de nós.

 

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