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Existe uma associação entre consumo de alimentos com pesticida e os desfechos de tratamentos para infertilidade? Foi o que investigou um grupo de pesquisadores americanos em artigo publicado recentemente no JAMA Internal Medicine.
A análise incluiu 325 mulheres que completaram um questionário sobre dieta e, posteriormente, foram submetidas a 541 ciclos de Tecnologia de Reprodução Assistida (TRA), do estudo de coorte prospectivo Environment and Reproductive Health (EARTH; 2007-2016). Dados do Departamento de Agricultura sobre resíduos de pesticidas foram utilizados para classificar frutas e vegetais como com “alta” ou “baixa” presença de pesticidas.
As ingestões médias de alimentos com alta e baixa presença de pesticidas foram 1,7 e 2,8 porções/d, respectivamente. A maior ingestão de frutas e vegetais com alto teor de pesticidas foi associada a uma menor probabilidade de gravidez clínica e nascimento vivo.
Em comparação com as mulheres no quartil mais baixo de ingestão de alimentos com alta presença de pesticidas (<1,0 porções/d), as participantes no quartil mais alto (≥ 2,3 porções/d) apresentaram 18% (IC de 95%: 5% a 30%) menos chances de engravidar e 26% (IC de 95%: 13% a 37%) menos chances de nascimento vivo.
A ingestão de frutas e vegetais com baixo teor de pesticidas não foi significativamente relacionada aos desfechos da TRA.
Com base nesses achados, os autores concluíram que o maior consumo de alimentos com alto teor de pesticidas foi associado a menores probabilidades de gravidez e nascimento vivo após o tratamento para infertilidade com TRA. Isso sugere que a exposição a pesticidas pode estar associada a consequências reprodutivas adversas.
Veja também: ‘Pesticidas comuns podem acelerar a puberdade?’
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
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