Coronavírus: OMS reforça critérios que devem ser analisados antes de suspender isolamento social

A OMS reforçou os critérios que os governantes devem analisar antes de suspender o isolamento social como forma de combate ao coronavírus em seus países.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) reforçou os critérios que os governantes devem analisar antes de suspender o isolamento social como forma de combate ao novo coronavírus em seus países.

Segundo a entidade internacional, a transmissão da Covid-19 deve estar controlada, com o sistema de saúde sendo capaz de detectar, testar, isolar e tratar todos os casos, além de traçar 100% dos contatos. Outro ponto importante é que os riscos de surtos devem estar minimizados em condições especiais, principalmente em instalações de saúde e casas de repouso.

As medidas preventivas devem ser adotadas em locais de trabalho, escolas e em outros lugares que sejam essenciais para a população. Os riscos de importação também devem ser bem administrados. Além disso, as comunidades devem estar completamente engajadas para se ajustarem à nova norma.

Em breve, a OMS vai publicar um estudo completo com as novas recomendações estratégicas.

Leia também: 9 estudos de tratamentos para a Covid-19 estão sendo acompanhados pelo Ministério

“Não se pode substituir a quarentena por nada”

Em um anúncio para a imprensa, Michael Ryan, diretor do programa de emergências da OMS, alertou que não se pode substituir a quarentena por nada, ressaltando que outras medidas de limpeza e saúde pública precisam ser mantidas por um longo tempo, como lavar as mãos com frequência.

“Existem coisas que precisam ser feitas. Você não pode substituir a quarentena por nada. Precisaremos mudar o nosso comportamento pelo futuro previsível”, ressaltou.

Michael Ryan também destacou que as máscaras não são uma alternativa para a quarentena. “Já falamos isso publicamente várias vezes: a OMS vai apoiar países que querem implementar uma estratégia mais ampla de usar máscaras ou de cobrir o rosto, desde que seja parte de uma estratégia mais abrangente”, afirmou.

O especialista lembrou ainda que o uso de máscaras deve ser incorporado a estratégias de testagem, isolamento e tratamento de casos, higiene das mãos e educação de comunidades.

Casos atualizados

De acordo com o último levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins, o mundo já registra mais de 2 milhões de indivíduos infectados com o novo coronavírus. Os Estados Unidos são os mais afetados, com mais de 680 mil pessoas com a doença.

O número de óbitos pela Covid-19 está próximo dos 120 mil no mundo. Os cinco países mais atingidos são Estados Unidos (mais de 23,5 mil óbitos), Itália (mais de 20,4 mil), Espanha (mais de 17,7 mil), França (mais de 14,9 mil) e Reino Unido (mais de 11,3 mil).

No Brasil

As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até o início da tarde desta terça-feira, dia 14 de abril, 24.123 casos confirmados do novo coronavírus no Brasil, com 1.376 óbitos.

O balanço mais recente do Ministério da Saúde, divulgado nesta segunda-feira, dia 13 de abril, aponta 23.430 casos confirmados e 1.328 óbitos.

Segundo o boletim do ministério publicado no sábado, dia 11 de abril, 25% dos mortos estavam fora do grupo de risco, ou seja, não tinham mais de 60 anos (grupo que representa 75%) nem possuíam fatores de risco (74%).

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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