Coronavírus: recomendações da Sociedade Espanhola de Urgências de Pediatria

A Sociedade Espanhola de Urgências em Pediatria propôs uma série de recomendações gerais para suspeita de infecção pelo novo coronavírus.

A Sociedade Espanhola de Urgências em Pediatria (Sociedad Española de Urgencias de Pediatría – SEUP) propôs uma série de recomendações gerais sobre a organização do atendimento em serviços de emergência pediátrica e o manejo de pacientes com suspeita de infecção pelo novo coronavírus (severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 – SARS-CoV-2) e, portanto, que sofrem da doença pelo novo coronavírus (COVID-19).

estetoscópio em cima de prontuário de paciente com coronavírus

Recomendações no coronavírus

As recomendações da SEUP são:

  1. Criar um sistema de pré-triagem, estabelecer dois fluxos de pacientes: pacientes com febre e / ou sintomas de infecção respiratória (a partir de agora, “possíveis pacientes com COVID-19”) e o restante dos pacientes. Também é recomendável que a pré-triagem seja realizada em instalações localizadas fora do prédio do hospital;
  2. Os dois fluxos de pacientes não devem compartilhar o mesmo espaço físico e devem ser atendidos por diferentes equipes de saúde. “Possíveis pacientes com COVID-19” e seus acompanhantes devem usar uma máscara. Se possível, os “possíveis pacientes com COVID-19”, especialmente aqueles com nível de gravidade leve, devem ser avaliados em instalações localizadas fora do hospital;
  3. Cada criança deve ter apenas um acompanhante;
  4. Ter duas estações de triagem, uma para cada fluxo de pacientes, bem como duas salas de espera. O profissional que realiza a pré-triagem ou triagem deve estar protegido com máscara e luvas;
  5. Ter duas áreas diferentes para avaliação e tratamento para cada fluxo de paciente, bem como salas de radiologia separadas;
  6. Os profissionais de saúde que cuidam de “possíveis pacientes com COVID-19” devem usar os equipamentos de proteção individual (EPI) recomendados. É essencial conhecer a ordem e o modo corretos de posicionamento e remoção de cada um de seus componentes;
  7. As medidas básicas de proteção para a avaliação de todos os pacientes devem ser extremas, considerando as dificuldades existentes para fazer uma separação perfeita de ambos os fluxos de pacientes;
  8. Os profissionais de saúde devem atender usando sistematicamente os EPI, dada a dificuldade de estabelecer fluxos diferenciados para pacientes críticos que necessitam de estabilização;
  9. Evitar, tanto quanto possível, qualquer medida que gere aerossóis e aumente a disseminação do vírus, como a administração de medicamentos por nebulização ou o uso de aparelhos de oxigenoterapia de alto fluxo. Broncodilatadores devem ser administrados usando inalador pressurizado de dose calibrada ou MDI (do inglês metered-dose inhaler) com um espaçador. No caso de a nebulização ser essencial, deve ser feita em um local com janela externa e porta fechada;
  10. Usar critérios habitais para decidir pela hospitalização de “possíveis pacientes com COVID-19”, na ausência de um padrão clínico específico. No caso de pacientes com doença crônica com predisposição a expressões mais graves de sintomas infecciosos, recomenda-se avaliar a hospitalização individualmente;
  11. A PCR para o Coronavírus deve ser realizada em “possíveis pacientes com COVID19” que necessitam de hospitalização, por sua localização e isolamento corretos dentro do hospital. Não é considerado necessário realizar este estudo sistematicamente em pacientes com doença leve que serão tratados ambulatorialmente;
  12. A realização de outros exames complementares será decidida de acordo com os critérios clínicos usuais utilizados no tratamento dos sintomas respiratórios. No Departamento de Emergência, recomenda-se evitar a coleta de amostras respiratórias, como aspirados nasofaríngeos, principalmente em casos leves, incluindo a coleta de amostras para testes rápidos de vírus sazonais.

Leia mais:

A SEUP destaca que essas são recomendações gerais e que cada organização de saúde e hospital, dependendo de suas características, deve decidir a organização ideal para garantir cuidados de qualidade e garantir a segurança de crianças, famílias e profissionais de saúde.

Por outro lado, é uma ocasião para recomendar às famílias que fiquem em casa e consultar suas dúvidas nos telefones públicos de saúde disponíveis ou nos centros de saúde. Ademais, a SEUP enfatiza que, para completar as informações sobre a situação atual da epidemia Covid-19 e as recomendações ou medidas gerais que afetam a organização de todos os serviços de saúde, devem ser consultados os sites do Ministério da Saúde e as autoridades de saúde de diferentes comunidades.

Referências bibliográficas:

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