Coronavírus: tudo o que você precisa saber sobre a nova pandemia

O primeiro caso da pandemia pelo novo coronavírus, SARS-CoV2, foi identificado em Wuhan, na China, no dia 31 de dezembro do último ano.

Confira o que você verá neste texto:

  1. Número de casos;
  2. Abordagem: definição de caso suspeito;
  3. Precauções e orientações gerais para profissionais;
  4. Abordagem: fluxo de atendimento;
  5. Abordagem de casos graves;
  6. Intubação orotraqueal na sequência rápida;
  7. Medicamentos estudados para tratamento;
  8. Marcadores prognósticos da doença;
  9. Abordagem da enfermagem;
  10. Declaração de óbito e manejo de corpos;
  11. Desenvolvimento de vacinas;
  12. Recomendações e abordagens por especialidades;
  13. Podcasts, vídeos e lives especiais
  14. Revista PEBMED: Coronavírus;
  15. Linha do tempo da pandemia.

O primeiro caso da pandemia pelo novo coronavírus, SARS-CoV2, foi identificado em Wuhan, na China, no dia 31 de dezembro do último ano. Desde então, os casos começaram a se espalhar rapidamente pelo mundo: primeiro pelo continente asiático, e depois por outros países.

Em fevereiro, a transmissão da Covid-19, nome dado à doença causada pelo SARS-CoV2, no Irã e na Itália chamaram a atenção pelo crescimento rápido de novos casos e mortes, fazendo com que o Ministério da Saúde alterasse a definição de caso suspeito para incluir pacientes que estiveram em outros países. No mesmo dia, o primeiro caso do Brasil foi identificado, em São Paulo.

Em março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o surto da doença como pandemia. Poucos dias depois, foi confirmada a primeira morte no Brasil, em São Paulo. No mesmo dia, dois pacientes que haviam testado positivo para coronavírus, do Rio de Janeiro, vieram a óbito, mas laudos das mortes ainda não foram divulgados.

Nova edição da Revista PEBMED traz as principais evidências sobre a Covid-19

Veja os números atualizados:

Para casos detalhados no Brasil, acesse: https://covid.saude.gov.br/

Leia também: Falta de protocolo de tratamento para a Covid-19 é o maior desafio para profissionais

Abordagem do coronavírus

Definição de caso suspeito

Os casos suspeitos, prováveis e confirmados devem ser notificados pelo profissional de saúde responsável pelo atendimento. As informações devem ser inseridas nesta ficha de notificação. Para os estados com número grande de casos, porém, a orientação do Ministério da Saúde é que o tratamento de casos graves é mais importante que a notificação, por isso pessoas com síndrome gripal que não estejam graves são orientadas a não buscar um posto de emergência, realizando apenas o isolamento social.

Precauções

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Veja mais detalhes aqui: Quais as medidas de precaução para cada tipo de transmissão?

Leia também: Coronavírus na prática: orientações gerais para profissionais de saúde

Assista: Coronavírus: o que fazer se a máscara n95 acabar? [vídeo]

Fluxograma de atendimento

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Veja também: Abordagem à síndrome gripal durante a pandemia de coronavírus

Leia mais:

Tratamento de casos graves

 

Veja aqui o tratamento de casos graves de forma mais detalhada e baixe o protocolo

Leia também: Covid-19 em pacientes graves: o que sabemos até agora?

Leia mais sobre o novo guideline: Surviving Sepsis Campaign para manejo de pacientes graves

Veja ainda: Coronavírus: sequência rápida ou sequência atrasada na intubação?

Veja aqui o tratamento de casos graves de forma mais detalhada e baixe o protocolo

Veja mais: Covid-19: como a identificação de fenótipos pode ajudar no manejo da doença?

Leia também: Covid-19: posição prona espontânea pode ter resultados positivos?

Veja as diretrizes brasileiras: SBI, SBPT e AMIB: Diretrizes brasileiras para o tratamento farmacológico da Covid-19

Confira: Cânula nasal de alto fluxo: inimiga ou aliada na Covid-19?

Leia também: Assim como os adultos, as crianças também podem apresentar quadros graves de Covid-19

Veja também: Coronavírus em Terapia Intensiva: orientações de abordagem do COVID-19

Intubação orotraqueal por sequência rápida

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Medicamentos para tratamento

Com o crescimento da pandemia no Ocidente, novas formas de tratamento para a doença do novo coronavírus, Covid-19, estão sendo pesquisadas. A maioria tem como pano de fundo estudos prévios in vitro, em modelos animais, e na experiência anterior com o outro coronavírus, o MERS.

De todos, as principais terapias em estudo são lopinavir/ritonavir, remdesivir, ribavirina, favipiravir, agentes imunomoduladores e plasma convalescente. Além deles, o corticoide na fase grave da doença demonstrou bons resultados, como a diminuição da mortalidade. Por isso, passou a ser recomendado pela OMS.

Após um estudo mostrando aumento no risco de mortalidade no uso de cloroquina e hidroxicloroquina na Covid-19, a OMS suspendeu os testes com esses medicamentos para análise das evidências. Mesmo que o estudo tenha saído do ar por falta de informações para uma auditoria, a OMS suspendeu definitivamente os testes com a droga. A FDA também suspendeu a autorização emergencial para uso da cloroquina e hidroxicloroquina, só deixando autorizado em situações de estudos.

A Anvisa também se manifestou contra o uso da ivermectina na Covid-19.

Leia mais: Covid-19: onde estamos nas terapias medicamentosas?

Veja também: Nova atualização das evidências para hidroxicloroquina na Covid-19 [vídeo]

Confira mais detalhes dos estudos:

Prognóstico da Covid-19

O aspecto mais temido da doença pelo novo coronavírus, o SARS-CoV-2, é, depois de sua imensa facilidade em se disseminar, a gravidade que a lesão pulmonar pode atingir. Por mais que a mortalidade em jovens não seja tão alta, o risco de vida que a Covid-19 impõe a idosos e pacientes com comorbidades é enorme. Muitos desses pacientes evoluem para formas graves em que a insuficiência respiratória exige intubação orotraqueal, ventilação mecânica e cuidados intensivos.

Pesquisas têm tentado, além de descobrir tratamentos, identificar possíveis marcadores clínicos ou laboratoriais que acusem a piora clínica do paciente antes mesmo que ela ocorra.

Leia mais sobre prognóstico:

Abordagem de enfermagem

Declaração de óbito e manejo de corpos

As diretrizes para manejo e seguimento dos óbitos por Covid-19, doença do novo coronavírus, foram publicadas no último dia 20, no Diário Oficial do Estado de São Paulo.

Nos casos de óbito suspeito (por exemplo, em casos de SARS), em que a adequada identificação da causa de óbito por Covid-19 é fundamental para o acompanhamento da pandemia em curso, a realização de exames post-mortem nos SVOs não deve ser realizada, pois implicam não apenas em grande potencial de contaminação dos serviços.

As necrópsias nesses serviços de casos confirmados ou suspeitos estão suspensas devido ao alto risco de contaminação. O uso de técnicas menos invasivas para necrópsia permitem que o caso seja esclarecido com maior rapidez, menor custo e no caso de uma pandemia, menor risco de contaminação para servidores e para a população em geral.

A causa básica do óbito para fins de preenchimento da DO nos casos confirmados deve incluir a infecção por coronavírus (CID – B34.2) e ser preenchida claramente como causa bem definida.

O manejo dos corpos será aplicado a todos os casos, sejam eles confirmados ou suspeitos. Os casos que envolvam óbito com violência ou suspeita de violência continuam com a obrigatoriedade de serem encaminhados ao IML.

Os corpos devem ser envoltos e acondicionados em saco impermeável composto de lona plástica em polímero biodegradável, de acordo com a política nacional de resíduos. O saco deve conter zíper e lacre plástico devendo ser limpo e higienizado com desinfetante hospitalar ou substância à base de álcool 60 a 95%. Posteriormente o corpo ensacado será acondicionado em urna funerária que será imediatamente lacrada.

Mais detalhes você encontra no texto completo, acessando aqui!

Desenvolvimento de vacinas

Uma vacina eficaz tornou-se uma das grandes necessidades para o controle da doença e diminuição de seus danos. A mobilização da comunidade científica pode ser demonstrada pela quantidade de vacinas em desenvolvimento registradas, algumas em fases mais avançadas.

Em maio, os primeiros resultados de fase 1 de uma das vacinas foram divulgados na revista The Lancet. A vacina chinesa em questão tem mecanismo de entrega de epítopos do SARS-CoV-2 (mais especificamente, glicoproteínas de espícula do envelope) através de um adenovírus inativado (o Ad5).

No Dia da Imunização no Brasil, dia 9 de junho, preparamos um podcast especial: uma entrevista com a imunologista Mariana Stoll sobre o processo de produção de novas vacinas e como estavam, até o momento, os estudos e testes das vacinas contra a Covid-19. Você pode ouvir aqui!

No Brasil, atualmente quatro vacinas receberam autorização para realização de testes:

  • A vacina de Oxford (AZD1222), que foi autorizada pela Anvisa no início de junho e, no final do mês, se tornou parceira da Fiocruz para produção local;
  • A chinesa CoronaVac, produzida em parceria com o Instituto Butantan;
  • Dois tipos de vacina da BioNTech em parceria com a Pfizer, BNT162b1 e BNT162b2, cujos estudos ainda estão inicias e serão feitos no Centro Paulista de Investigação Clínica (CEPIC), em São Paulo, e no Instituto Obras Sociais Irmã Dulce, na Bahia;
  • A vacina Ad26.COV2.S, de uma divisão farmacêutica da Johnson-Johnson, a Jansen-Cilag, que deve ser testada nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte.

Veja os artigos completos:

Posicionamentos e recomendações por especialidades

Anestesiologia:

Cardiologia:

Cirurgia:

Cuidados Paliativos:

Dermatologia:

Endocrinologia:

Gastroenterologia:

Hematologia:

Imunologia e vacina:

Infectologia:

Medicina de Família:

Medicina Laboratorial:

Neurologia:

Obstetrícia: 

Oftalmologia:

Oncologia:

Ortopedia:

Pediatria:

Pneumologia:

Psiquiatria e psicologia hospitalar:

Reumatologia:

Terapia intensiva:

Podcasts especiais

Durante a pandemia, fizemos alguns programas especiais de podcast para ajudar os profissionais de saúde tanto no manejo desses pacientes, como na manutenção da própria saúde mental. Confira:

Começamos também as PEBMED Lives, e os primeiros assuntos foram relacionados à Covid-19. Confira:

médico na central do coronavírus

Central Coronavírus em vídeo

A Central Coronavírus em vídeo é mais uma maneira de atualizar você sobre os principais estudos e evidências recentes. No YouTube e também em formato de podcast, fizemos alguns programas sobre as novidades na sintomatologia, epidemiologia, diagnóstico e tratamentos da doença.

Confira aqui:

Revista PEBMED: Coronavírus

A quarta edição da Revista PEBMED trouxe as principais evidências sobre o coronavírus! E para que você saiba um pouco mais sobre o que vai encontrar na publicação, preparamos uma série de vídeos. Confira:

Você pode baixar gratuitamente a nossa publicação e ter na palma da sua mão as principais evidências!

Linha do tempo da Covid-19, doença pelo novo coronavírus

Setembro 2020

 – OMS recomenda o uso de corticoides em pacientes com doença grave pela Covid-19

No dia 2, após uma metanálise realizada pela OMS ser publicada no JAMA, a organização passou a recomendar fortemente o uso do medicamento em pacientes com Covid-19 grave, mas reforçou que em pacientes leves a moderados não há evidências sobre eficácia.

O objetivo da metanálise era estimar a associação entre a administração de corticosteroides comparada com os cuidados usuais ou placebo e mortalidade por todas as causas em 28 dias. O estudo prospectivo reuniu dados de sete ensaios clínicos randomizados, que incluíram 12 países e avaliaram a eficácia dos corticosteroides em 1.703 gravemente enfermos pacientes com Covid-19. Um dos estudos foi o CoDEX trial brasileiro também publicado no mesmo dia no JAMA.

Segundo os resultados, a administração de corticosteroides sistêmicos, em comparação com o tratamento usual ou placebo, foi associado a menor mortalidade por todas as causas em 28 dias. Não houve ainda sugestão de um aumento do risco de eventos adversos graves.

Agosto 2020

 – Mais um ensaio clínico de vacina contra a Covid-19 é autorizado pela Anvisa

No dia 18, a Anvisa autorizou mais um ensaio clínico de vacina contra a Covid-19, sendo a quarta vacina autorizada para testes no país. Dessa vez, a produção é de uma divisão farmacêutica da Johnson-Johnson, a Jansen-Cilag. A vacina Ad26.COV2.S é composta de um vetor recombinante, não replicante, de adenovírus tipo 26 (Ad26), construído para codificar a proteína S (Spike) do SARS-CoV-2.

A aprovação foi dada para a realização de um ensaio clínico de fase 3, randomizado, duplo cego, usando a Ad26.COV2.S versus placebo. As fases 1 e 2 da vacina foram conduzidas nos Estados Unidos e na Bélgica, e tiveram início em julho. Segundo a Anvisa, o embasamento para a liberação se deu a partir de estudos não clínicos com a vacina e dados não clínicos e clínicos acumulados de outras vacinas que utilizam Ad26.

Estima-se que 60 mil voluntários participem da fase 3, sendo 7 mil no Brasil. Os testes devem ser conduzidos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte.

 – Lançamos a nova Revista PEBMED: uma edição especial sobre Coronavírus

No início do mês, lançamos a quarta edição da Revista PEBMED, dessa vez com o objetivo de preparar você para o diagnóstico e tratamento da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Produzida nos meses de junho e julho, as publicação conta com as principais evidências em diversas áreas: desde apresentação clínica, testes diagnósticos e tratamento de forma geral, falamos também de casos específicos de cardiopatas, gestantes e crianças.

Julho 2020

 – Anvisa autoriza testes de vacinas desenvolvidas pela BioNTech em parceria com Pfizer

A empresa alemã de biotecnologia BioNTech e a farmacêutica norte-americana Pfizer foram autorizadas a realizarem em conjunto testes de vacina contra a Covid-19 no país pela Anvisa. Segundo a agência, os resultados obtidos até agora “demonstraram um perfil de segurança aceitável das vacinas candidatas”.

O ensaio clínico que estudará dois tipos de vacinas para Covid-19: BNT162b1 e BNT162b2, são baseadas no ácido ribonucleico (RNA), que codifica um antígeno específico do novo coronavírus. O RNA é traduzido pelo organismo humano em proteínas que irão induzir uma resposta imunológica.

O experimento prevê a inclusão de 29 mil voluntários, sendo 5 mil no Brasil, distribuídos em duas localidades, em São Paulo, no Centro Paulista de Investigação Clínica (CEPIC), e na Bahia, no Instituto Obras Sociais Irmã Dulce.

 – Resolução da Anvisa estabelece controle de medicamentos divulgados contra Covid-19

Os medicamentos cloroquina, hidroxicloroquina, nitazoxanida e ivermectina somente poderão ser vendidos mediante receita médica a partir de agora, seguindo a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 405/2020, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.) de 23 de julho.

A Resolução estabeleceu regras de controle específicas para a prescrição, a dispensação e a escrituração dos quatro fármacos. De acordo com a Agência, essa lista poderá ser revista a qualquer momento para a inclusão de novos remédios, caso seja necessário.

 – Nova portaria torna obrigatória notificação de testes de Covid-19

Os laboratórios públicos e particulares terão de fazer notificação obrigatória ao Ministério da Saúde de todos os resultados de testes de diagnóstico do novo coronavírus em 24 horas. A medida faz parte da Portaria Nº 1.792, assinada pelo ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, e publicada no dia 21 de julho, no Diário Oficial da União (DOU).

Os laboratórios que descumprirem a regra ficam sujeitos a sanções, como multa ou até mesmo interdição do laboratório, pela infração sanitária. Os laboratórios têm 15 dias para solicitar o acesso à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).

 – Anvisa se manifesta contra o uso da ivermectina na Covid-19

A ivermectina tem sido divulgada por algumas fontes como sendo uma provável terapia para Covid-19, sendo inclusive distribuída em “kits de tratamento”. Diante desta busca pela medicação, no dia 10, a Anvisa se posicionou contra uso rotineiro desta para prevenção e tratamento da doença pelo novo coronavírus, reforçando que o medicamento antiparasitário tem apenas indicação para uso conforme o que consta na bula, como no tratamento de escabiose e piolho.

Na nota, a agência ressaltou que não existem estudos publicados conclusivos que comprovem o uso desse medicamento para o tratamento da Covid-19, mas que também não existem estudos que refutem esse uso.

 – OMS reconhece transmissão pelo ar durante procedimentos que geram aerossóis

No dia 9 de julho, a OMS reconheceu que a transmissão da Covid-19 pelo ar pode ocorrer durante procedimentos médicos que geram aerossóis, após pressão da comunidade científica pedindo a reavaliação sobre a transmissão aérea.

A entidade havia dito anteriormente que o novo coronavírus se dissemina principalmente por meio de pequenas gotículas expelidas pelo nariz e pela boca de uma pessoa infectada, que logo caem no chão.

Em carta aberta, enviada à OMS e publicada no periódico científico Clinical Infectious Diseases, 239 especialistas de 32 países apontaram indícios que mostram que partículas flutuantes do vírus podem infectar indivíduos que as inalam.

 – Anvisa autoriza testes com vacina chinesa no Brasil

A realização de testes da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac foi autorizada pela Anvisa. Os testes realizados no laboratório induziram a produção de anticorpos em mais de 90% dos pacientes que receberam a dose. O pedido foi feito pelo Instituto Butantan, de São Paulo, com a autorização publicada no dia 3 de julho, em edição extra do Diário Oficial da União (D.O.U.).

O estudo clínico da vacina CoronaVac, produzida a partir de cepas inativadas do vírus, que está na terceira fase de testes, envolverá 9 mil voluntários distribuídos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do.Sul, Minas Gerais e Paraná, além do Distrito Federal.

Junho 2020

 – Fiocruz produzirá vacina autorizada pela Anvisa no Brasil

Os pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) produzirão a vacina para a Covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford. A previsão é que os primeiros lotes possam ser utilizados até dezembro de 2020.

A instituição brasileira firmará um acordo com a biofarmacêutica AstraZeneca para a compra de lotes e a transferência de tecnologia da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, nos Estados Unidos.

 – CDC atualiza lista de fatores de risco para evolução com gravidade

Com base em uma revisão detalhada de conteúdos publicados até momento, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos, atualizou lista de quem corre maior risco de evoluir com gravidade, caso infectado pelo SARS-CoV-2.

Entre as alterações, esteve: remoção do limite de idade específico da classificação de adultos mais velhos (o risco aumenta à medida que você envelhece) e atualização da lista de condições clínicas que aumentam o risco (doença renal crônica; DPOC; obesidade; estado imunocomprometido do transplante de órgão sólido; condições cardíacas graves,; anemia falciforme; diabetes tipo 2; entre outras).

 – Anvisa autoriza uso do remdesivir em estudo contra a Covid-19 no Brasil

No dia 24, a Anvisa publicou, em edição extra do Diário Oficial da União, uma autorização para dois novos estudos clínicos usando medicamentos experimentais contra a Covid-19: o remdesivir, o tocilizumabe e o ruxolitinibe.

As autorizações foram concedidas para dois estudos clínicos de fase 3. O primeiro, com 105 pacientes, vai avaliar o uso do remdesivir em associação com tocilizumabe versus remdesivir e placebo em pacientes com pneumonia grave pela Covid-19. O segundo estudo, com 60 pacientes, vai testar o ruxolitinibe em pacientes com tempestade de citocinas associada à doença pelo novo coronavírus.

A Anvisa ressalta, porém, que, para realização de qualquer pesquisa clínica envolvendo seres humanos, é obrigatória a aprovação dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) e/ou da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). A aprovação da agência reguladora se dá devido ao uso de medicamentos que ainda não haviam sido autorizados no país ou que possuíam indicação apenas para outras doenças.

 – FDA e OMS suspendem uso da cloroquina/hidroxicloroquina na Covid-19

No dia 15, a Food and Drugs Administration (FDA) dos EUA revogou a autorização de uso de emergencial que permitia que o fosfato de cloroquina e sulfato de hidroxicloroquina fossem usados para tratar certos pacientes hospitalizados com Covid-19, nos cenários em que não fosse possível a inclusão em ensaios clínicos.

A justificativa para a decisão teve como base a análise de dados científicos emergentes. A agência declarou que é improvável que a cloroquina e a hidroxicloroquina sejam eficazes no tratamento da doença pelo novo coronavírus. Segundo o FDA, até o momento, os benefícios conhecidos e potenciais de cloroquina e hidroxicloroquina não superam mais os riscos do uso.

Dois dias depois, a OMS, na mesma linha, suspendeu definitivamente o uso da droga em testes contra a doença. A decisão foi baseada no anúncio da análise interina dos dados de outro grande ensaio clínico, o RECOVERY, conduzido em 175 hospitais do Reino Unido e que visa a avaliar a eficácia das seguintes modalidades de tratamento: lopinavir/ritonavir, baixa dose de dexametasona, hidroxicloroquina, azitromicina, tocilizumabe e plasma convalescente.

Além dos resultados do RECOVERY, a OMS declarou que baseou sua decisão em uma revisão sistemática da Cochrane e nos próprios dados do Solidariedade, que também não mostraram benefício com o uso de antimaláricos.

 – The Lancet retira artigo sobre hidroxicloroquina na Covid-19 do ar

No dia seguinte ao anúncio da auditoria, duas revistas anunciaram a retirada de artigos relacionados à Covid-19. O primeiro artigo (Hydroxychloroquine or chloroquine with or without a macrolide for treatment of COVID-19: a multinational registry analysis), publicado na The Lancet, e o segundo artigo (Cardiovascular Disease, Drug Therapy, and Mortality in Covid-19), na The New England Journal of Medicine.

Os artigos, escritos pelos mesmos autores, têm em comum o fato de terem os dados coletados e analisados por uma empresa especializada. O questionamento em relação à análise estatística dos dados e à inconsistência dos dados publicados no artigo da The Lancet por parte de diversos membros da comunidade científica levou aos autores e à própria revista a iniciarem um processo de auditoria externa.

Entretanto, os dados originais não foram transferidos da empresa para os auditores com a explicação de que tal transferência violaria os acordos de confidencialidade assinados. Diante da impossibilidade de realizar uma auditoria independente, os autores solicitaram a retirada do artigo. Pelos mesmos motivos, solicitaram também a retirada do artigo publicado na The New England Journal of Medicine.

 – Anvisa autoriza primeiro teste com vacina contra Covid-19 no Brasil

A Anvisa autorizou, no dia 02, o início de um ensaio clínico para avaliar uma potencial vacina contra Covid-19 em brasileiros.

A vacina testada é a ChAdOx1 nCoV-19, conhecida como AZD1222, desenvolvida pela Universidade de Oxford. Baseia-se no uso do vetor adenovírus (vírus do resfriado comum), contendo o material genético da proteína spike Sars-CoV-2. Este vetor foi escolhido para gerar uma forte resposta imune mesmo com uma dose única da vacina.

 – OMS retoma testes com hidroxicloroquina e cloroquina e  The Lancet anuncia auditoria em estudo

No dia 3, após avaliação dos artigos não demonstrar aumento da mortalidade, a OMS retomou o uso de hidroxicloroquina e cloroquina em seu projeto SOLIDARITY, um estudo colaborativo mundial para avaliar a ação das principais drogas no tratamento da Covid-19.

No mesmo dia, o periódico The Lancet se manifestou para comunicar que iria realizar uma auditoria no estudo com hidroxicloroquina que especialistas apontaram falhas.

Maio 2020

 – Especialistas alertam para possíveis falhas no estudo com a hidroxicloroquina

Na mesma semana que a OMS suspendeu o uso da cloroquina e hidroxicloroquina em seus estudos para a Covid-19, mais de cem especialistas redigiram uma carta aberta ao periódico que publicou o último artigo sobre a droga por possíveis falhas no estudo.

Dentre os questionamentos, está o tratamento dos dados (que não foram publicados para que possam ser analisados pelo restante da comunidade científica) e a ausência de revisão por comitê de ética.

Outros pontos destacados foram o fato de não haver menção aos países ou hospitais que contribuíram para a fonte de dados e nenhum reconhecimento por suas contribuições, além de as doses diárias médias de hidroxicloroquina terem sido 100 mg mais altas que a recomendada pela Food and Drug Administration (FDA), enquanto 66% dos dados são de hospitais norte-americanos.

 – OMS suspende uso de cloroquina e hidroxicloroquina em testes para tratamento da Covid-19

Em entrevista coletiva, no dia 25, a OMS anunciou a interrupção do uso da cloroquina e hidroxicloroquina em testes para tratamento contra a Covid-19. O motivo é um estudo publicado pela revista científica Lancet, que falamos aqui na última semana, que envolveu mais de 96 mil pessoas e mostrou que não só não há benefícios no uso desses medicamentos contra o vírus SARS-CoV-2, como há um risco aumentado de morte para os pacientes.

Segundo o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a interrupção vai acontecer enquanto o Conselho de Monitoramento de Segurança de Dados, do Grupo Executivo do estudo SOLIDARITY, analisa os dados disponíveis sobre benefícios e malefícios da cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19.

 – Ministério da Saúde libera uso da cloroquina e hidroxicloroquina para casos leves

Na quarta-feira, dia 20 de maio, foi divulgado um novo protocolo do Ministério da Saúde que libera o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para casos leves de Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS). Até então, o protocolo previa a utilização desses remédios apenas para os casos críticos.

O documento divulgado mantém a necessidade de o paciente autorizar o uso da medicação e de a equipe médica decidir sobre a aplicação ou não do remédio. O Termo de Ciência e Consentimento, que deve ser assinado pelo paciente, ressalta que “não existe garantia de resultados positivos” e que “não há estudos demonstrando benefícios clínicos”.

 – Sociedade Brasileira de Pediatria e Ministério da Saúde divulgam nota sobre síndrome inflamatória em crianças com Covid-19

Após o alerta da OMS sobre a síndrome inflamatória multissistêmica, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), com a colaboração do Ministério da Saúde, da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), divulgou um documento conjunto sobre o manejo clínico de pacientes pediátricos com a doença do novo coronavírus (Covid-19).

De acordo com informações divulgadas, o quadro clínico da Covid-19 em pediatria foi assinalado pela presença de síndrome inflamatória multissistêmica, com manifestações clínicas similares às da síndrome de Kawasaki típica, Kawasaki incompleta ou síndrome do choque tóxico. Até o presente momento, as evidências com relação à Covid-19 e o surgimento de síndrome de resposta inflamatória multissistêmica não são conclusivas. Portanto, o documento reforça que “os pediatras permaneçam atentos para o rápido reconhecimento dos casos, a fim de efetuar o manejo apropriado nos serviços de emergência, enfermarias e unidades de terapia intensiva”.

 – Mais de 15 mil mortes são registrados no Brasil

No dia 16, o Brasil registrou mais de 15 mil mortes pela doença causada pelo novo coronavírus, a Covid-19. São 15.633 óbitos, tendo um recorde em 24 horas: 816. O país passa por dificuldades em diversas cidades. Maranhão, Ceará, Rio de Janeiro e Amazonas são os estados mais afetados com a falta de leitos.

Com mais de 233 mil pessoas infectadas, o Brasil ultrapassa países como Espanha, Itália e França em número de casos e fica em quarto lugar na lista de países com mais infecções pela doença. Apenas Estados Unidos, Rússia e Reino Unido estão na frente.

 – OMS alerta para síndrome inflamatória multissistêmica em crianças relacionada à Covid-19

Equipes médicas devem ficar atentas a uma nova inflamação que está afetando crianças e adolescentes e pode estar ligada ao novo coronavírus, informou a OMS em um comunicado divulgado no dia 15 de maio.

A doença, batizada como Síndrome Pediátrica Inflamatória Multissistêmica Temporariamente Associada ao SARS-CoV-2 (PIMS-TS), é grave, requer cuidados intensivos e pode ser fatal. O primeiro alerta veio da Paediatric Intensive Care Society (PICS), no dia 27 de abril.

Alguns relatos haviam surgido também como doença de Kawasaki em crianças com Covid-19.

 – Ministro da Saúde Nelson Teich pede demissão

Em meio à pandemia, mais um Ministro da Saúde deixa o cargo. Nelson Teich anunciou sua saída no dia 15, após não conseguir alinhar as expectativas com o presidente Jair Bolsonaro.

Em seu lugar assumiu como interino, durante a procura por um novo ministro, o secretário-executivo do Ministério, general Eduardo Pazuello.

 – OMS considera que Covid-19 pode se tornar endêmica

Assim como o HIV, o novo coronavírus pode nunca desaparecer, se tornando endêmico. Esse foi o alerta da OMS durante uma teleconferência em Genebra, na Suíça, realizada no dia 13 de maio.

O diretor de emergências da entidade, Michael Ryan, ressaltou que é muito difícil prever quando a doença será vencida e que ainda que não existe garantia de que o fim do confinamento, que foi aderido por muitos países, não gere uma segunda onda de contágios.

A perspectiva de que o novo coronavírus se torne endêmico é porque não será uma enfermidade que vai reduzir os casos e acabar nos próximos meses. “É uma doença que vai ter um pico, reduzir e estabilizar num certo número de casos, de tanto em tanto tempo, de uma maneira regular”, diz Michael Ryan.

 – Brasil ultrapassa 100 mil casos de Covid-19

De acordo com o levantamento diário feito pelo Ministério da Saúde, o Brasil tem 101.147 casos confirmados da doença e 7.025 mortes foram registradas no dia 3 de maio. A taxa de letalidade é de 6,4%. O número de pessoas recuperadas da Covid-19 é de 42.991.

Abril 2020

 – Ministro da Saúde, Henrique Mandetta, é demitido

No dia 16, em meio à pandemia, o então Ministro da Saúde, Henrique Mandetta, anuncia sua demissão. Neste momento o país enfrenta cidades com situações complicadas nos sistemas de saúde, como Manaus e Fortaleza. O número de casos no Brasil chega a 30.449, com 1.933 mortes.

No lugar, assume o médico e empresário Nelson Teich.

 – Brasil ultrapassa a marca de 10 mil casos de coronavírus

No dia 4 de abril, o Ministério da Saúde anunciou que o país ultrapassou a marca de 10 mil casos. Neste dia, foram 10.298 casos, 1.203 casos a mais que o dia anterior.

O número de mortes é de 432, sendo 260 em São Paulo e 58 no Rio de Janeiro.

 – Número de casos no mundo ultrapassa a marca de 1 milhão

No dia 1º de abril, mais de 1 milhão de casos são registrados no mundo. O país com maior número de pessoas contaminadas é o Estados Unidos, com mais de 200 mil casos, seguido de Espanha (mais de 117 mil) e Itália (mais de 115 mil). A Alemanha vem logo abaixo, com pouco mais de 85 mil, mas também com mais casos no total que a China, que até o momento tem quase 83 mil casos.

Apesar de a China ter comemorado a diminuição da transmissão, nos últimos dias o número de casos voltou a aumentar, e o país se prepara para uma segunda onda de contaminação.

No Brasil, são confirmados mais de 7.900 casos em todo o país, com 299 mortes, sendo a maior parte nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Março 2020

 – OMS alerta para a aceleração da contaminação no mundo

Na coletiva de imprensa do dia 23, a OMS alertou para o crescimento extremamente rápido no número de casos no mundo. Nos últimos quatro dias, os novos casos de coronavírus subiram em 100 mil, elevando o total de indivíduos infectados a mais de 300 mil em quase todos os países do mundo. Para comparar a velocidade que a pandemia ganhou, a entidade informou que o número de casos de Covid-19 atingiu a marca de 100 mil em 67 dias, mas levou apenas onze dias para dobrar e atingir 200 mil casos e outros quatro dias para chegar a 300 mil casos.

Estados Unidos foi um dos países responsáveis pela aceleração no número de casos, podendo até mesmo se tornar o novo epicentro da pandemia, segundo a OMS afirmou no dia 24.

 – Ministério declara transmissão comunitária em todo o país

Todo o território nacional está sob o status de transmissão comunitária do novo coronavírus, que é aquela em que não é mais possível localizar a origem da infecção, indicando que o vírus está circulando entre os indivíduos que não viajaram ou tiveram contato com quem esteve no exterior.

A declaração do Ministério da Saúde foi realizada na noite do dia 20, quando já haviam mais de 900 casos no Brasil, com 11 mortes. A previsão do ministro Henrique Mandetta é que os casos da Covid-19 disparem em abril.

 – CFM autoriza uso da telemedicina durante pandemia

O Conselho Federal de Medicina (CFM) autorizou no dia 19, por meio de ofício enviado ao Ministério da Saúde, o uso da telemedicina durante a pandemia da Covid-19. A medida tem caráter excepcional, valendo até o fim da luta contra a disseminação da nova doença. Segundo o CFM, a telemedicina pode ser utilizada nas formas: teleorientação, telemonitoramento e teleinterconsulta.

Leia também: 6 dicas para praticar telemedicina durante a pandemia de coronavírus

 – Ministério da Saúde libera oito testes rápidos para Covid-19

Foram aprovados os primeiros oito testes rápidos para o diagnóstico do novo coronavírus. Os novos exames serão voltados para o uso profissional e permitirão a leitura dos resultados em apenas 15 minutos.

A aprovação dos novos produtos foi realizada seguindo a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 348/2020, publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.), do dia 18 de março, que permitiu a priorização da avaliação de produtos para diagnóstico laboratorial do novo coronavírus. Poucos dias depois, anuncia mais três testes rápidos para a doença.

 – China consegue conter transmissão local do coronavírus

A manhã do dia 19 foi de comemoração na China. Pela primeira vez depois de mais de dois meses, nenhum caso de transmissão local foi identificado. De novos casos, apenas pessoas que vieram de outros lugares.

 – Primeira morte do Brasil é confirmada e São Paulo decreta estado de emergência

O Ministério da Saúde confirmou, no dia 17, a primeira morte por Covid-19 no país. A informação foi dada após a confirmação do governador do Estado de São Paulo, onde o caso foi registrado. O homem, de 62 anos, estava internado em um hospital particular da capital paulista, e tinha como agravante histórico de hipertensão e diabetes. Sua evolução foi rápida, já que o diagnóstico foi dado no último dia 10, com registro da morte no dia anterior à divulgação.

O estado registra mais de 150 casos, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, e mais de 1.400 suspeitos. No Brasil, segundo o Ministério, são 290 pessoas com o vírus. Diante do crescimento no número de casos, o prefeito da cidade de São Paulo decretou estado de emergência.

Ao final do mesmo dia, o estado do Rio de Janeiro também registrou duas mortes de pessoas que testaram positivo para a doença. Uma mulher de 63 anos, após ter contato com sua empregadora na capital, que havia ido à Itália, chegou grave ao hospital municipal de Miguel Pereira, onde testou positivo para Covid-19 e evoluiu para óbito rapidamente. O informe foi dado pela prefeitura local.

O segundo paciente era um homem, de 69 anos, hipertenso, que teve contato com o neto que voltou dos Estados Unidos recentemente. Ele foi internado, em Niterói, por insuficiência respiratória, evoluindo com choque séptico.

 – Novas orientações para tratamento

Novos artigos são lançados, trazendo pontos importantes para a abordagem das doenças no período de epidemia, como as síndromes gripais e as pneumonias virais.

Orientações para cuidados em UTI também foram divulgadas em artigo no JAMA e protocolos da AMIB.

 – OMS anuncia que Europa é o novo epicentro do coronavírus

Em coletiva de imprensa no dia 13, o diretor-geral da OMS disse que os casos por dia da Europa ultrapassam a quantidade diária da China no pico da epidemia, por isso o continente deve ser considerado como novo epicentro da pandemia.

Ministério da Saúde, também em coletiva de imprensa no dia 13, recomendou antecipação de férias nas escolas, suspensão de eventos e isolamento de viajantes internacionais. Além disso, confirmou casos de transmissão comunitária, quando não é possível identificar a fonte, nas capitais do Rio de Janeiro e São Paulo. Bahia possui transmissão local confirmada.

 – ANS anuncia que teste para coronavírus será coberto por qualquer plano de saúde

No mesmo dia da declaração de pandemia, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informa que o exame para detecção do coronavírus será incluído no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que constitui a cobertura mínima obrigatória para os beneficiários de planos de saúde.

 – OMS declara pandemia de coronavírus

No dia 11 de março, a Organização Mundial da Saúde define o surto como pandemia. Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a demora para a definição como pandemia se deu por ser uma palavra perigosa pelas interpretações que pode gerar, mas que o aumento em mais de 13 vezes do número de casos externos à China e as mais de 4 mil mortes justificam a nova classificação.

Os dados apresentados pela organização apontam mais de 118 mil casos em 114 países, com 4.291 mortes. Apesar disso, 90% dos casos estão em apenas na China, Itália, Irã e Coreia do Sul, sendo que a China e Coreia do Sul já estão controlando o vírus. Ainda assim, é esperado que o número de casos continue crescendo no mundo, por isso o controle da transmissão é extremamente importante, e os países devem continuar trabalhando nisso.

Leia também: Por dentro do surto de coronavírus: características e gravidade dos pacientes

Desde o dia 9, o Ministério da Saúde passou a adotar novas recomendações da OMS: realizar testes de coronavírus em pacientes internados com síndrome respiratória aguda grave em cidades que já possuem casos, mesmo sem histórico de viagem ou contato, e naqueles pacientes com síndrome gripal que forem atendidos em unidades da Rede Sentinela, que abrange mais de 114 unidades e postos de saúde no país.

 – Anvisa e Ministério da Saúde atualizam critérios para doação de sangue

Diante do crescente número de casos, a Anvisa e o Ministério da Saúde atualizam os critérios para doação de sangue no país, mesmo que ainda não haja evidências de que o vírus seja transmitido via transfusional. A medida é preventiva e as orientações você encontra em nosso Portal.

Fevereiro 2020

 – Epidemia se espalha e mais estudos são feitos

No dia 26 de fevereiro, mais de 81.300 casos são confirmados em mais de 44 países, treze novos países em apenas dois dias.

Estudos buscam entender a persistência do vírus no ambiente, chegando a conclusão de que podem ficar até nove dias, se as superfícies não forem adequadamente higienizadas. As orientações você pode conferir aqui!

 – Brasil tem primeiro caso confirmado

No mesmo dia da alteração de definição de caso, dia 24, Brasil recebe um paciente com os sintomas depois de voltar da Itália, e os resultados são positivos para SARS-CoV2, como agora é oficialmente chamado o vírus causador da Covid-19.

Diante da confirmação, o Whitebook libera os conteúdos de coronavírus em sua versão gratuita!

 – Casos de coronavírus fora da China crescem de forma rápida

Até o dia 24, o número de casos externos cresce de forma estrondosa. Os países que tem o maior aumento são Itália, que passa de 79 casos para 222 em apenas dois dias, e Irã, que contabiliza 12 mortes e fecha as fronteiras. Ao todo, quase 80 mil casos são confirmados, sendo mais de 2 mil em outros 31 países, com 2.600 mortes, sendo 35 externas à China.

OMS declara que países devem se preparar para uma possível pandemia.

O Ministério da Saúde altera novamente a definição de caso e agora é considerado suspeito aquele paciente que tiver sintomas + histórico de viagem ou contato com quem viajou para: Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã, Camboja, Austrália, Filipinas, Malásia, Itália, Alemanha, França, Irã e Emirados Árabes, além da China.

 – Transmissão local fora do epicentro e alteração de definição de caso

Por volta do dia 20 de fevereiro, alguns casos começam a ser identificados em pacientes sem histórico de viagem à China. O número de casos ultrapassa 70 mil, com mais de 1.300 casos externos em 28 países.

No dia 21 de fevereiro, o Ministério da Saúde inclui novos países na definição de caso suspeito.

Leia também: Como diagnosticar e tratar doenças respiratórias pelo novo coronavírus em pediatria?

 – OMS declara surto de coronavírus como controlado

Com poucos casos externos à China, e o número de pacientes crescendo cada vez menos, a OMS define, no dia 14, o surto de coronavírus como controlado.

 – Divulgações de mais informações sobre a doença

Até esse momento, diversos pesquisadores se envolveram para entender mais sobre a doença. Estudos apresentaram as principais características clínicas. Além disso, medidas de prevenção são amplamente divulgadas para profissionais de saúde e população, em geral.

Até o dia 10 de fevereiro, mais de 40 mil casos são registrados, com 454 casos externos à China, em outros 24 países e nos três territórios independentes (Taiwan, Macau e Hong Kong). Das mais de 1 mil mortes, as duas primeiras fora da China foram em Hong Kong e nas Filipinas.

 – Whitebook lança conteúdos de coronaviroses

Diante da situação, a equipe do Whitebook também preparou conteúdos sobre a doença para auxiliar os médicos e profissionais de saúde que assinam o aplicativo.

Veja parte do conteúdo: Como diagnosticar a doença respiratória por coronavírus?

Janeiro 2020

 – OMS define coronavírus como emergência de saúde internacional

Em três dias, a OMS altera novamente a classificação da epidemia. No dia 30, o surto da doença respiratória aguda pelo coronavírus, agora com o nome definido como Covid-19, é uma emergência de saúde pública de interesse internacional (PHEIC).

Apesar de alguns membros do comitê discordarem, foi discutido que declarar PHEIC era importante para reconhecer as ações tomadas pela China e oferecer apoio ao país. Neste momento, o número de casos ultrapassa de 8 mil, com 171 mortes. Mas os casos externos à China ainda são a minoria.

 – OMS altera classificação para emergência de nível elevado

No dia 27 de janeiro, a Organização Mundial da Saúde alterou sua posição de que o surto do novo tipo de coronavírus seria uma emergência de risco moderado e passou a considerar de nível elevado. A OMS alterou também a definição de caso suspeito, incluindo qualquer pessoa com sintomas que tenha estado na China como um todo, e não apenas na cidade de Wuhan, como estava sendo considerado anteriormente.

Com a nova definição, começam a aparecer casos suspeitos no Brasil. Até o dia 29 de janeiro, eram nove suspeitas, sem nenhuma confirmação.

Leia também: Coronavírus e fatores de risco… para a economia mundial

 – Ministério da Saúde divulga informações de identificação do coronavírus

Como a epidemia segue em uma crescente, com o primeiro caso nas Américas, o Ministério da Saúde divulga as informações de como identificar casos no Brasil, com definição de caso suspeito, fluxograma de atendimento e isolamento e como notificar.

Nós do Portal, preparamos um podcast trazendo todas as informações até este momento que o profissional de saúde precisava saber.

 – Confirmação de transmissão humana e primeiro caso nas Américas

Após o primeiro alerta sobre o surto, os casos quase triplicam e se estendem para outros sete países além da China, incluindo o primeiro caso nos Estados Unidos, anunciado no dia 21. Alguns dos casos são de pessoas que estiveram na China, mas não no mercado de Wuhan, confirmando a transmissão humana. No dia 24 de janeiro, o número de casos era maior que 800, com 25 mortes, incluindo a primeira fora da China.

Diante do primeiro caso nas Américas, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) emitiu um comunicado alertando e pedindo que os profissionais de saúde se atualizem e estejam familiarizados com os sintomas da doença para agir de forma rápida quando casos suspeitos aparecerem.

 – Alerta OMS

No dia 12 de janeiro, a OMS faz o primeiro alerta sobre o surto do novo coronavírus, chamado então de 2019-nCoV, para que os países se preparem para uma possível transmissão da doença. Neste momento, 41 casos foram confirmados na China, com uma morte, e dois casos externos foram identificados: um na Tailândia e um no Japão, ambos de pacientes que estiveram em Wuhan.

A China compartilha o sequenciamento genético com outros países para que os casos passam ser identificados de maneira rápida.

 – Novo tipo de coronavírus

Autoridades chinesas identificam a causa dos casos de pneumonia e/ou doenças respiratórias, que continuaram a aparecer no local, como uma nova cepa do coronavírus e realizam o sequenciamento genético do vírus no dia 7. Os pacientes tiveram resultados negativos para outros patógenos respiratórios, como gripe, gripe aviária, adenovírus, coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV), coronavírus da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV).

A principal suspeita é que a infecção tenha ocorrido através de algum animal vendido no Mercado  Municipal de Wuhan, que vende frutos do mar e animais silvestres. O mesmo já havia sido fechado para desinfecção no dia 1º.

Dezembro 2019

 – Primeira notificação

No dia 31 de dezembro foi identificado o primeiro caso de pneumonia de causa inespecífica em Wuhan, na China.

Referências bibliográficas:

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