O Ministério da Saúde ampliou a recomendação da primeira dose de reforço contra a Covid-19 para adolescentes de 12 a 17 anos, incluindo gestantes e puérperas desta faixa etária. A nova orientação está em uma nota técnica publicada nesta sexta-feira (27/5) pela pasta.
Por orientação do Ministério, a dose de reforço deve ser aplicada quatro meses após a segunda dose, preferencialmente com a vacina da Pfizer, independentemente da dose aplicada anteriormente.
Caso haja indisponibilidade da vacina, a Coronavac pode ser utilizada. Os dois imunizantes são autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa faixa etária.
No caso dos adolescentes imunocomprometidos, apenas a vacina da Pfizer deve ser usada A escolha do imunizante mais adequado para o reforço foi baseada em critérios imunológicos, eventos adversos, disponibilidade do imunizante e cenário epidemiológico.
Antes do anúncio, a dose de reforço era recomendada para a população acima de 18 anos, quatro meses após a aplicação da segunda dose. O Ministério da Saúde também orienta a população acima de 60 anos e pessoas imunocomprometidas a tomarem a segunda dose de reforço, quatro meses após a primeira.
Mudança na estratégia de vacinação
Na nota técnica, a pasta ressaltou que a mudança na estratégia de vacinação se deve “a redução da resposta imune às vacinas observadas em alguns estudos e a circulação de novas variantes em um cenário onde ainda não atingimos coberturas vacinais ótimas, o reforço ao esquema primário de vacinação se tornou necessário”.
“Com o avanço da vacinação para toda a população no Brasil, foi possível recomendar doses de reforço, inicialmente para grupos prioritários, e neste momento para todas as pessoas com 18 anos ou mais”, diz a nota.
Covid-19: Idosos com 60 anos ou mais são incluídos para receber a segunda dose de reforço
Status da vacinação pelo país
O Rio de Janeiro começou a aplicar nesta segunda-feira (30/5) a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 nos adolescentes de 12 a 17 anos, após a divulgação da ampliação da campanha nacional.
Outro estado que já começou a vacinação desta faixa etária foi São Paulo. No entanto, embora a nota técnica do Governo Federal priorize a vacina da Pfizer, o governo estadual não faz essa distinção entre os dois fabricantes.
De acordo com os últimos dados do consórcio de veículos de imprensa, até a última sexta-feira (27/5), antes da nova recomendação do Ministério da Saúde, a (primeira) dose de reforço foi aplicada em 91.963.534 pessoas, o que corresponde a 42,81% da população brasileira.
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED