Covid-19 aumenta o risco de infecção fúngica?

Há um questionamento sobre associação entre infecção fúngica e Covid-19, assim como a Influenza. Um estudo francês avaliou esta questão.

Sabe-se que pneumonia, associada à Influenza, é um fator de risco para infecções fúngicas invasivas, incluindo aspergilose. Há um questionamento sobre se esta associação também seria válida para Covid-19. Um estudo francês avaliou esta questão de aumento de infecção fúngica, examinando cinco unidades de terapia intensiva de um hospital.

Há um questionamento sobre associação entre infecção fúngica e Covid-19, assim como a Influenza. Um estudo francês avaliou esta questão.

O estudo francês de Covid-19 e infecção fúngica

O estudo foi realizado na primeira onda de Covid-19. Durante março e abril de 2020, foi realizada uma análise retrospectiva, em centro único de pacientes internados com Covid-19 grave. Foram obtidas 475 amostras respiratórias e 532 amostras de soro de 145 pacientes, necessitando de ventilação mecânica, 73 dos quais recebendo oxigenação por membrana extracorpórea veno-venosa.

Em 39 pacientes (27%), uma ou mais amostras de fungos foram positivas. No entanto, apenas 7 (4,8%) pacientes preencheram os critérios para infecção fúngica invasiva.  Em 25 dos casos, os testes foram considerados falsamente positivos ou clinicamente irrelevantes. Foi observado também que os pacientes que preencheram os critérios de infecção fúngica invasiva apresentavam maior propensão a terem transplante de órgão sólido ou terem recebido corticosteroides. Além disso, tiveram risco significativamente maior de morte.

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Mensagem prática

Os autores concluíram que o risco de infecção fúngica invasiva nesta coorte foi relativamente baixo, inferior ao relatado após pneumonia por influenza. No entanto, o estudo foi conduzido antes que a terapia com dexametasona para Covid-19 se tornasse rotina. Temos visto alguns locais fazendo doses até imunossupressoras de corticosteroides em pacientes com Covid-19, o que gera preocupação. Pode ser que um estudo executado agora, nesta segunda onda, possa produzir resultados diferentes em termos de infecção fúngica invasiva nesta população. Precisamos ficar atentos a este diagnóstico diferencial.

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