Covid-19: bebês de até dois anos representam metade dos óbitos de crianças e adolescentes

Quase metade (45%) das crianças e adolescentes brasileiros que veio a óbito por Covid-19 no ano passado eram bebês de até dois anos de idade.

Quase metade (45%) das crianças e adolescentes brasileiros que veio a óbito por Covid-19 no ano passado eram bebês de até dois anos de idade, segundo um estudo inédito da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que analisou dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade Infantil (SIM), do Ministério da Saúde.

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Covid-19: bebês de até dois anos representam metade dos óbitos de crianças e adolescentes

Recém-nascidos

Outra descoberta importante do levantamento financiado pelo Programa Fiocruz de Fomento à Inovação (Inova Fiocruz), é as mortes por Covid-19 entre recém-nascidos (bebês com menos de 28 dias de vida) representaram 9% de todos os óbitos provocados pela enfermidade entre crianças e adolescentes, enquanto bebês com idade entre 28 dias até menos de um ano responderam por 28% dessas mortes. A faixa etária de um ano concentrou 8% dos óbitos entre crianças e adolescentes e de dois anos, 5%.

“Estratificamos os dados obtidos no SIM para mensurar o impacto da Covid-19 entre menores de 18 anos. No ano passado, foram registrados 1.207 óbitos nessa faixa etária, sendo 110 entre recém-nascidos com menos de 28 dias de vida. Esperamos que essas conclusões orientem políticas públicas para o enfrentamento da pandemia”, explica o coordenador da pesquisa, Cristiano Boccolini, do Laboratório de Informação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz).

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O coordenador alertou ainda no portal da instituição que é mais comum que crianças e adolescentes tenham formas assintomáticas de Covid-19, porém não estão imunes a formas graves. Boccolini ressaltou que a vacinação de adultos deve ser acelerada, com prioridade para gestantes e lactantes.

O pesquisador recomendou que os médicos orientem as pacientes mães com Covid-19 para continuarem a amamentar os filhos, caso ambos tiverem condições físicas para tal, uma vez que os benefícios da amamentação superam em muito os riscos de contaminação.

Estudo procura voluntárias grávidas e puérperas

Coordenado por pesquisadores do Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Amazônia) e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), um estudo está investigando a importância dos anticorpos do novo coronavírus, presentes no leite materno, na proteção do bebê contra a Covid-19.

A equipe do projeto PROTECTCoV-19 está procurando voluntárias grávidas, a partir da 28º semana de gestação, e puérperas, com idade maior ou igual a 18 anos, para participar do estudo, que pretende saber o papel dos anticorpos do leite materno na proteção contra a doença.

Para participar do estudo, as interessadas devem preencher o formulário online. As participantes receberão a visita domiciliar para conhecer todas as etapas da pesquisa, incluindo a coleta do leite e amostra sanguínea.

Nos próximos 30 dias, os pesquisadores pretendem divulgar os primeiros resultados deste estudo, mostrando um retrato da distribuição dos anticorpos no leite materno. O projeto ganha novo apelo neste mês de agosto, marcado por campanhas que simbolizam o aleitamento materno no país e no mundo.  

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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