Covid-19: Cuidados especiais para pacientes com síndrome de Down

Apesar da síndrome de Down constar na lista do Ministério da Saúde como sendo condição considerada de risco para a Covid-19, ainda não existem estudos.

Apesar da síndrome de Down constar na lista do Ministério da Saúde como sendo condição considerada de risco para a Covid-19, ainda não existem estudos sobre a evolução natural do novo coronavírus nessa população.

Sabemos que fatores anatômicos característicos dessa condição genética, como vias aéreas mais estreitas e hipotonia, principalmente quando associados a outras condições preexistentes, podem potencializar riscos em quadros respiratórios.

Outra característica da síndrome de Down é a malformação cardíaca, especificamente com Defeito do Septo Atrioventricular (DSAV), da Comunicação Interventricular (CIV) ou da Comunicação Interatrial (CIA).
Entre as referidas condições de saúde preexistentes, que estão relacionadas com maior risco para gravidade da Covid-19, há ainda as doenças pulmonares, as disfunções imunológicas, o diabetes e a obesidade.

É importante que os médicos perguntem sobre histórico médico dos pacientes, assim como e às particularidades de cada pessoa. Indagar sobe a existência de ocorrências de internações, principalmente respiratórias, episódios de pneumonia e descobrir qualquer outro indício de possíveis fragilidades.

Pacientes com Down e os riscos da Covid-19

É fato que uma significativa a parcela de indivíduos com síndrome de Down nascem com comprometimentos no coração, pulmão e sistema imunológico, além de desenvolver mais frequentemente diabetes e obesidade. E todas essas condições são consideradas fatores de risco para a Covid-19.

Para bebês e crianças, tudo indica até agora que os sintomas daqueles com síndrome de Down são similares a quadros respiratórios na infância em geral.

Ainda não há estudos publicados sobre a evolução clínica de pessoas com síndrome de Down infectadas com o coronavírus. No Brasil, também não há registros oficiais e específicos da Covid-19 nessa população, mas já há relatos de vítimas pelo país.

Outro ponto que deve ser considerado pelos médicos é o envelhecimento imunológico precoce dessa parcela da população.

Discriminação por deficiência intelectual

Além da preocupação com a Covid-19, defensores dos direitos humanos levantaram questões sobre políticas que discriminam essa parcela da população. O estado do Alabama, nos Estados Unidos, por exemplo, possuía uma disposição inscrita em sua política de racionamento de cuidados de saúde que desvalorizava pessoas com deficiência intelectual.

Em resposta aos defensores, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS) emitiu um boletim para lembrar aos legisladores que as pessoas com deficiência por lei devem ter a mesma consideração que todos os demais. O Alabama já atualizou a sua política de prioridade do ventilador em resposta.

Leia também: Covid-19: A bem-vinda imunidade cruzada de outros coronavírus com SARS-CoV-2

“O HHS está comprometido em não deixar ninguém para trás durante uma emergência, e essa orientação foi projetada para ajudar os prestadores de serviços de saúde a atingir esse objetivo”, disse o diretor, Roger Severino, no boletim.

Ainda segundo o documento, indivíduos com qualquer deficiência não devem ser colocados no final da fila para serviços de saúde durante emergências. Nossas leis de direitos civis protegem a igual dignidade de toda vida humana do utilitarismo implacável.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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