Covid-19 em crianças: o que o enfermeiro precisa saber?

A pandemia de Covid-19, vivenciada a nível global, tem levantado questionamentos sobre os impactos da doença nas crianças.

A pandemia de Covid-19, vivenciada a nível global, tem levantado questionamentos sobre os impactos da doença na população pediátrica. Até o momento, os estudos mostram que o risco de infecção de crianças pelo vírus SARS-Cov-2 é similar aos adultos, entretanto a doença provoca sintomas respiratórios brandos ou casos assintomáticos, sendo raríssimos os casos com sintomas respiratórios graves.

imagem digital de coronavírus causador da Covid-19 em crianças

Covid-19 em crianças

Assim como nos adultos, a criança com Covid-19 pode desenvolver febre, tosse, congestão nasal, dor de garganta, taquipneia, sibilos e pneumonia. Além disso, é mais comum que crianças também desenvolvam sintomas gastrointestinais como vômitos e diarreia.

Para prevenir a transmissão do vírus, o enfermeiro deve orientar a criança, de acordo com o seu nível de entendimento, e sua família, a maneira correta de higienizar as mãos e a frequência com que deve ser feita, enfatizando o uso de álcool 70% em gel ou água e sabão. É importante esclarecer que higienizar as mãos com água e sabão, e usar álcool em gel após não é recomendado.

Orientar os pais que utilizem áreas como varandas e quintais de suas residências para realizarem banho de sol, importante para produção de vitamina D, principalmente nos bebês. Se não for possível, pode ser aproveitado o feixe de luz solar que entra pela janela em determinados períodos do dia.

Leia também: Uso de máscaras de tecido no combate à Covid-19 é uma estratégia eficaz?

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que o Calendário Nacional de Imunização seja seguido, uma vez que não vacinar aumenta a vulnerabilidade de bebês e crianças para outras doenças. Entretanto, os pais devem ser orientados a entrarem em contato com a unidade básica de saúde mais próxima, afim de se informar sobre possíveis alterações nos horários de vacinação da criança, em decorrência da Campanha Nacional contra Influenza.

O aleitamento materno deve ser continuado, caso a mãe esteja com Covid-19. Entretanto, ela deve higienizar as mãos antes de tocar a criança e fazer o uso de máscara durante a amamentação. Se preferir, a mãe pode fazer ordenha do seu leite e solicitar que outro familiar saudável oferece o leite em copinho ou colher. Não existem estudos que apontem a transmissão do vírus através do leite materno. Os riscos de transmissão do vírus da mãe para o bebê são inferiores aos inúmeros benefícios oferecidos pelo aleitamento materno.

Outras medidas gerais para prevenção também devem ser orientadas como permanecer em casa, evitar sair desnecessariamente com a criança, não receber visitas, se possível, limpeza de superfícies e telas (celulares, tablets, etc), limpar/lavar brinquedos e objetos, manter a casa arejada, janelas abertas e orientar medidas de etiqueta respiratória.

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Referências bibligráficas:

  • Carvalho AP, et al. Orientações a Respeito da Infecção pelo SARS-CoV-2 (conhecida como COVID-19) em Crianças. Sociedade Brasileira de Pediatria, março, 2020.
  • Calendário Vacinal Da Criança E A Pandemia Pelo Coronavírus. Sociedade Brasileira de Pediatria, Sociedade Brasileira de Imunizações, março, 2020.
  • Matos ALVP. O Aleitamento Materno nos Tempos de COVID-19! Sociedade Brasileira de Pediatria, março, 2020.

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