Covid-19: quais as melhores máscaras de proteção, segundo estudo?

Um estudo realizado por pesquisadores americanos em setembro do ano passado, comparou a eficiência de 14 tipos de máscaras contra a Covid-19.

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Duke, nos Estados Unidos, publicado na revista científica Science em setembro do ano passado, comparou a eficiência de 14 tipos de máscaras.

O trabalho se concentrou no desenvolvimento de uma técnica que possa ser replicada em outros laboratórios, em vez de um teste de máscara abrangente.

Os cientistas mediram o quanto as máscaras conseguiam impedir que as gotículas expelidas por uma pessoa ao falar se espalhassem pelo ambiente. A máscara N95 foi testada e considerada a mais segura, sendo ideal para aumentar a proteção em determinados locais, como o transporte público.

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É importante frisar que em locais abertos e com pouca aglomeração, a utilização da N95 não é necessária para a população em geral. Uma máscara de pano é o suficiente, até para não faltar esse tipo de máscara às equipes de saúde.

Já as polainas de pescoço pareciam dispersar as gotículas maiores em várias menores durante os testes realizados. “Considerando que as partículas menores são transportadas pelo ar por mais tempo do que as gotas grandes (as gotas maiores caem mais rápido), o uso de tal máscara pode ser contraproducente”, alertaram os pesquisadores no estudo.

Um estudo realizado por pesquisadores americanos em setembro do ano passado, comparou a eficiência de 14 tipos de máscaras contra a Covid-19.

Resultados

Foram testadas 14 máscaras comumente disponíveis ou alternativas de máscara, um remendo de material de máscara e uma máscara N95 testada profissionalmente. Para referência, os cientistas gravaram testes de controle em que o alto-falante não usava máscara ou cobertura de proteção.

Cada teste foi realizado com o mesmo protocolo. A câmera foi utilizada para gravar um vídeo de aproximadamente 40 segundos para registrar as gotas emitidas durante a fala. Os primeiros 10 segundos do vídeo servem como linha de base. Nos próximos 10 segundos, o usuário da máscara repetiu a frase “Fique com saúde, gente” cinco vezes, com a câmera continuando a gravar por mais 20 segundos depois da fala.

Para cada máscara e para o ensaio de controle, este protocolo foi repetido dez vezes. Os pesquisadores usaram um algoritmo de computador para contar o número de partículas em cada vídeo.

Especificações sobre o material

“Como afirmamos no artigo, nosso trabalho foi um estudo preliminar que utilizou as máscaras que tínhamos em mãos. Para ser justo com os fabricantes de produtos comerciais, estamos mantendo as marcas anônimas. Na verdade, para a maioria das máscaras, não temos especificações detalhadas. Por exemplo, não temos informações materiais detalhadas (como contagem de fios) das máscaras de algodão. Algumas máscaras serviram apenas como exemplos de máscaras de algodão às quais tivemos acesso”, esclareceu um dos autores do estudo, Martin Fischer, em entrevista ao Portal G1.

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Malha fechada e ajuste justo

Segundo especialistas, o ideal é a máscara possuir malhas bem fechadas, de duas a três camadas de pano. Também é fundamental um ajuste justo no rosto para não dispersar partículas de saliva ao redor da máscara.

O estudo serve para termos mais atenção e procurar as especificações sobre o material da máscara antes de comprá-las. E, claro, orientar os pacientes sobre a importância dessa análise.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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