Crianças acima de 6 anos que vivem com HIV têm nova opção de tratamento

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ampliou a recomendação do uso do Tivicay (Dolutegravir 50 mg) para o tratamento do HIV pediátrico.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ampliou a recomendação do uso do Tivicay (Dolutegravir 50 mg) para o tratamento do HIV pediátrico em crianças acima de seis anos e peso superior a 20 kg. Antes, o medicamento era indicado apenas para acima de 12 anos, com peso superior a 40 kg.

Crianças acima de 6 anos que vivem com HIV têm nova opção de tratamento

Importância para o tratamento

O antirretroviral é considerado um dos mais modernos do mundo para o tratamento do vírus, apresentando taxas significativas de supressão viral, além de possuir menor risco de descontinuação de uso devido a eventos adversos.

Em 2018, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou recomendações atualizadas para o uso de regimes de medicamentos antirretrovirais para tratar e prevenir a infecção pelo HIV. Essas diretrizes recomendam um regime baseado em dolutegravir como o regime preferencial de primeira e segunda linhas para crianças para as quais a dosagem de DTG aprovada está disponível.

“Com essa ampliação da faixa etária, teremos mais um remédio disponível que irá ajudar as crianças que vivem com HIV a terem uma melhor qualidade de vida, serem saudáveis, e viverem de forma plena”, enfatizou Rafael Maciel, gerente médico da GSK/ViiV Healthcare.

Benefícios

A introdução do tratamento antirretroviral reduz substancialmente a mortalidade e morbidade de crianças pelo HIV. Embora as taxas e as novas infecções tenham sido reduzidas significativamente desde o início da epidemia de AIDS, a população ainda continua suscetível à enfermidade, principalmente as crianças.

Cerca de 1,8 milhão de jovens até 14 anos vivem com HIV, segundo estatísticas da UNAIDS divulgadas no ano passado. Mais dados importantes foram revelados pelo relatório da UNICEF, publicado em 2019, quando 320 mil crianças e adolescentes foram infectados com HIV e cerca de 110 mil vieram a óbito de AIDS pelo mundo.

Aqui no Brasil, milhares de pequenos ainda vivem com HIV. De acordo com o recente Relatório de Monitoramento Clínico do HIV, do Ministério da Saúde, entre as crianças de 2 a 11 anos com HIV foi observado um crescimento de 14% no início tardio do tratamento com antirretroviral, comparando o ano de 2009 com 2020.

“As crianças estão entre as populações mais vulneráveis ​​e desproporcionalmente afetadas pela epidemia de HIV. A falta de medicamentos antirretrovirais ideais com formulações pediátricas adequadas tem sido uma barreira de longa data para melhorar os resultados de saúde para crianças vivendo com HIV, contribuindo para a baixa cobertura de tratamento e baixa supressão virológica. E esta aprovação expandirá muito o uso do dolutegravir entre crianças e adolescentes, proporcionando-lhes acesso relativamente rápido a um medicamento ideal que até agora — como muitos ARVs pediátricos — só está disponível para adultos”, disse Meg Doherty, diretora de HIV Global, Hepatite e DSTs da OMS. 

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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