Crianças concebidas por reprodução assistida têm mais risco de hipertensão

De acordo com pesquisadores, as técnicas de reprodução assistida podem estar relacionadas à envelhecimento vascular precoce. Saiba mais a seguir

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Um estudo publicado na American College of Cardiology apontou que bebês nascidos por meio de técnicas de reprodução in vitro correm mais risco de desenvolver hipertensão prematura. De acordo com pesquisadores, a concepção assistida pode estar relacionada ao envelhecimento vascular precoce e alteração na artéria carótida.

A análise contemplou 54 adolescentes aparentemente saudáveis, cuja concepção foi realizada in vitro, com idade média de 16 anos, e os acompanhou durante cinco anos, no intuito de verificar o eventual desenvolvimento de hipertensão nestes indivíduos. Os dados foram comparados com os de outro grupo de 43 participantes, com o mesmo perfil, porém nascidos via método natural de concepção.

Foram analisados indicadores como pressão arterial, concentração de plaquetas, função do vaso sanguíneo e rigidez arterial. O perfil de cada participante era similar em fatores como IMC, peso ao nascimento, fumo ou riscos cardiovasculares.

O levantamento excluiu participantes que apresentaram fatores de riscos para eventos cardiovasculares, como os nascidos com baixo peso, prematuramente, gemelares ou cujas mães tiveram pré-eclâmpsia durante a gestação.

Leia mais: Automedida da pressão arterial é mais eficaz em atingir metas recomendadas.

Os pesquisadores constataram que os jovens concebidos via técnica de reprodução assistida possuíam pressão arterial, tanto sistólica quanto diastólica, mais alta do que outros adolescentes nascidos por métodos convencionais (119/71 mmHg vs. 115/69 mmHg). Oito dos pacientes concebidos por reprodução in vitro, e apenas um dos outros 43 participantes (p = 0,041), foram diagnosticados com hipertensão (>130/80 mmHg e/ou >percentil 95).

A análise concluiu que indivíduos concebidos por técnicas in vitro podem desenvolver envelhecimento vascular precoce, conforme evidenciam os 25% de redução na dilatação fluxo-mediada da artéria braquial (p < 0,001) nestes pacientes, no aumento da velocidade de onda de pulso, assim como na medida da espessura das camadas íntima-média da artéria carótida.

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Referências:

  • Association of Assisted Reproductive Technologies With Arterial Hypertension During Adolescence. Théo A. MeisterStefano F. RimoldiRodrigo SoriaRobert von ArxFranz, H. MesserliClaudio SartoriUrs ScherrerEmrush Rexhaj. 

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