CROI 2021: prevenção de transmissão vertical de HIV – resultados do estudo DOLPHIN

A prevenção de transmissão vertical de HIV depende do início precoce de terapia antirretroviral. Veja novos resultados do estudo DOLPHIN.

O sucesso da prevenção de transmissão vertical de HIV é dependente de início precoce e efetivo de terapia antirretroviral. Atualmente, o uso de DTG é liberado e recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como primeira linha em gestantes e mulheres em idade fértil.

Os resultados iniciais do estudo DOLPHIN já haviam mostraram superioridade do DTG no desfecho primário de carga viral indetectável no momento do parto. Os resultados foram apresentados na Conference on Retoviruses and Opportunistic Infections (CROI) 2021.

mulher grávida em frente ao monitor de USG fazendo prevenção de transmissão vertical de HIV

Transmissão vertical de HIV

O DOLPHIN envolveu gestantes adultas, com 28 semanas de gestação ou mais, com infecção pelo HIV ainda sem tratamento. As participantes foram randomizadas para receber TARV com 2 inibidores de transcriptase reversa (ITR) e DTG ou 2 ITR + efavirenz (EFV) e seguidas desde a inclusão até 72 semanas após o parto.

Foram incluídas 250 mulheres, 125 no braço que recebeu DTG e 125 no que recebeu EFV. Ambos os grupos foram homogêneos em relação a características demográficas, carga viral e contagem de células CD4 no baseline.

Resultados

Quando supressão viral foi definida como carga viral < 50 cópias/mL na semana 72 após o parto, DTG foi superior a EFV, com um tempo médio para supressão de 4,14 semanas comparado com 12,14 semanas no grupo que recebeu EFV. Quando a definição foi carga viral < 1000 cópias/mL, o tempo médio foi de 1 semana e 3,71 para os grupos de DTG e EFV, respectivamente.

Poucos casos de falha virológica foram relatados, mas houve diferença entre os braços com três eventos no grupo do DTG (2,4%) e 8 no do EFV (6,4%). Para os eventos adversos, uma proporção maior de mulheres relatou eventos adversos graves no grupo que recebeu DTG. Entretanto, esses eventos, em sua maioria, estiveram relacionados a complicações no pós-parto. Somente 3% foram considerados como relacionados à medicação. Eventos adversos nos recém-nascidos das voluntárias foram semelhantes em ambos os grupos e nenhum foi considerado relacionado à medicação.

Em relação à transmissão vertical, foram relatados três casos no braço de DTG, todos in utero, e um no braço de EFV, sendo a última provavelmente relacionado a aleitamento materno.

Mensagens práticas

DTG e EFV foram ambos seguros e bem tolerados durante a gestação, mas DTG foi superior em alcançar supressão virológica em 72 semanas após o parto.

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