Cuidados com cateter vesical: o que você precisa saber

Quando manipulado de maneira incorreta, o cateter vesical pode causar inúmeras infecções no paciente. Veja os cuidados que o profissional de saúde deve ter.

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Quando a urina não pode ser eliminada naturalmente, ela deve ser drenada artificialmente através de sondas ou cateteres. Quando manipulado de maneira incorreta, o cateter vesical pode causar inúmeras infecções no paciente. Veja abaixo todos os cuidados que o profissional de saúde deve ter no procedimento.

As melhores condutas médicas você encontra no Whitebook. Baixe aqui o aplicativo #1 do médico brasileiro!

Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

Conceitos

Cateterismo vesical

– Manter o cateter fixado (evitar trauma uretral) e evitar dobras no circuito de drenagem;
– Sempre manter o sistema de drenagem abaixo do nível da bexiga (mesmo que o coletor tenha válvula anti-refluxo);
– Cateter de grosso calibre (>22F) deve ser evitado, exceto quando há indicação urológica específica, como o risco de obstrução por coágulos.

Clampeamento

– Não deixar o sistema aberto, para evitar contaminação, e clampear o sistema somente para movimentação do paciente, ou se houver risco de refluxo urinário. No caso de transporte, manter o clamp aberto e o sistema de drenagem abaixo do nível da bexiga (mesmo que o coletor tenha válvula anti-refluxo);
– Não há benefício em clampear o cateter urinário para re-educação vesical, sendo esse procedimento contra-indicado, pelo risco de infecção.

Esvaziamento

– A bolsa coletora deve ser esvaziada regularmente, para manter um fluxo contínuo, e para não haver risco de refluxo;
– A extremidade do dispositivo de saída de urina não deve tocar outras superfícies, como o recipiente de coleta ou piso;
– Não é recomendado o esvaziamento simultâneo de vários pacientes com um mesmo recipiente, devido ao risco de contaminação cruzada.

Obstrução

– Se o cateter for de 2 vias, recomenda-se sua troca. No caso de 3 vias, proceder à desobstrução (irrigação vesical);
– O tempo de permanência não indica a troca do cateter vesical ou necessidade de coleta de urinocultura; considerar substituí-lo se: visivelmente sujo (resíduos aderidos, grumos), obstrução do cateter, violação do sistema fechado, quebra da técnica asséptica, mau funcionamento, ou caso ele tenha sido instalado em outra unidade hospitalar.

Coleta de Urinocultura

– Não é recomendada no caso de troca do cateter;
– A coleta de urina deve ser feita através do botão coletor, com técnica asséptica. No momento da coleta, clampear o circuito abaixo do botão coletor;
– Aspirar, no mínimo, 1 mL e encaminhar ao laboratório imediatamente. ou conservar sob refrigeração à 4oC . Para o EAS, o volume coletado deverá ser, no mínimo, de 5 mL;
– No caso de diagnóstico de infecção urinária com indicação de tratamento antimicrobiano, considerar troca do cateter vesical e do circuito de drenagem.
OBS: Na ausência de urina residual na porção proximal do circuito (acima do botão coletor), não clampear o cateter para acumular urina na bexiga.

Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia-a-dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.

Especialidades

Tags