Desfechos maternos após síndrome respiratória aguda grave comparando gestantes vacinadas e não vacinadas

Um estudo retrospectivo comparou evolução de doença grave e crítica de Covid-19 entre gestantes vacinadas e não vacinadas.

No início de julho de 2021 o CDC americano reportou os primeiros casos da variante Delta causando Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-Cov-2) iniciando a quarta onda de casos. Áreas de baixos índices vacinais logo apresentaram altas taxas de infecções demonstrando o avanço da patologia mesmo entre pessoas com esquema completo de vacinação. A gestação por si é um fator de risco para doença grave de Covid-19. Um estudo retrospectivo publicado no Obstetrics & Gynecology de dezembro de 2021 estudou exatamente esse paradigma: comparar evolução de doença grave e crítica de Covid-19 entre gestantes vacinadas e não vacinadas.

Leia também: Novas infecções e risco de transmissão: qual o impacto da vacinação?

Uma coorte retrospectiva incluiu 10.092 gestantes, dessas, 1.332 estavam com seu esquema vacinal para Covid-19 completo com todas as doses até 15 dias do início do estudo (critério de inclusão), enquanto que 8.760 tinham o esquema incompleto ou não estavam vacinadas.

Desfechos maternos após síndrome respiratória aguda grave comparando mulheres vacinadas e não vacinadas

Foram considerados desfechos graves/severos:

  • Oximetria menor que 94% em ar ambiente;
  • Fração PaO2 /FiO2 menor que 300 mmHg;
  • Frequência respiratória maior que 30 mrm;
  • Área de infiltrado pulmonar maior que 50%.

Já os desfechos críticos:

  • Quadro de insuficiência respiratória;
  • Choque séptico;
  • Falência de múltiplos órgãos.

Os resultados mostraram associação de menores eventos críticos e severos entre as mulheres com esquema vacinal completo para Covid-19, durante a quarta onda de infecção pelo SARS-COV-2.

Ainda observaram baixas taxas vacinais entre gestantes (13,2%). Entre as não vacinadas houve prevalência entre as mulheres mais jovens, tabagistas, IMC mais baixo e raças declaradas como negras ou não hispânicas.

Saiba mais: Seria diferente o desfecho obstétrico entre gestantes com Covid-19 sintomáticas e assintomáticas?

Apesar dos anúncios e informações, é necessário que ginecologistas e obstetras reforcem a importância da vacinação em gestantes para Covid-19, grupo de risco que pode se beneficiar em muito evitando evolução grave para SARS-COV-2.

Referências bibliográficas:

  • Morgan JA, et al. Maternal Outcomes After Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2) Infection in Vaccinated Compared With Unvaccinated Pregnant Patients. Obstetrics & Gynecology. 2022;139(Issue 1):107-109. doi: 10.1097/AOG.0000000000004621.

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