Deu Zika de novo!! Vírus é relacionado ao aumento de microcefalia no nordeste!!

O recente surto de infecção pelo Zika vírus, noticiado em nosso blog em junho deste ano (“Testou-se de tudo… Mas deu Zika!”), deixou muito mais do que apenas pacientes acamados com febre, dor e prostração. O Ministério da Saúde acaba de confirmar que o aumento na incidência de microcefalia em estados do Nordeste pode estar …

O recente surto de infecção pelo Zika vírus, noticiado em nosso blog em junho deste ano (“Testou-se de tudo… Mas deu Zika!”), deixou muito mais do que apenas pacientes acamados com febre, dor e prostração. O Ministério da Saúde acaba de confirmar que o aumento na incidência de microcefalia em estados do Nordeste pode estar relacionado ao surto do Zika vírus. Nexo causal foi estabelecido pela detecção do vírus no líquido amniótico de gestantes que tiveram sintomas da doença durante a gravidez e gestam bebês com microcefalia confirmada.

A maior incidência foi em Pernambuco, com 268 casos de microcefalia, mas outros estados como Sergipe, Rio Grande do Norte e Paraíba também apresentaram aumento na incidência da má formação.

A relação é sugestiva, visto que nenhuma outra causa até agora foi levantada, e corroborada pelo já conhecido tropismo do vírus pelo sistema nervoso central, inclusive com conhecidas complicações de encefalite em jovens e adultos. No entanto, não há nenhum relato na literatura de microcefalia relacionada ao Zika, e, por isso, o assunto está sendo tratado com cautela.

Uma questão que gera preocupação quando se trata desta relação com microcefalia é que 80% dos casos de infecção pelo Zika são em pacientes completamente assintomáticos, e, portanto, o surto da virose é muito maior do que o estimado pelos casos notificados, tendo acometido mais gestantes do que se pensa.

Como não há tratamento que encurte a doença e, em geral, a mesma é autolimitada, enfrentar o Zika envolve as conhecidas medidas profiláticas de combate a proliferação do mosquito Aedes aegypti, o hospedeiro favorito dos flavivírus.

Com relação às gestantes, medidas individuais podem ser tomadas para evitar a infecção pelo Zika e o risco de microcefalia. O uso de repelentes, barreiras mecânicas a entrada do mosquito em casa e utilização de roupas para menor exposição da pele podem contribuir.

Muitas perguntas ainda necessitam de respostas, e a própria relação entre o vírus e microcefalia deve ser melhor estudada. É certo que medidas estão sendo tomadas e que esta se trata de uma nova e importante questão em saúde pública que não pode ser ignorada. Fiquemos atentos aos noticiários.

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