Dia Mundial da Obesidade: importância para a pediatria

A prevalência da obesidade é elevada em todos os países (desenvolvidos ou não) e está associada às doenças crônicas não transmissíveis.

A obesidade é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a maior epidemia de saúde pública mundial. Sua prevalência é elevada tanto em países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento e está associada às doenças crônicas não transmissíveis.

Leia também: Dieta inadequada na gestação pode predispor à obesidade infantil?

Dia Mundial da Obesidade — importância para a pediatria

O Dia Mundial da Obesidade é celebrado, anualmente, em 4 de março. Os objetivos desse dia são:

  • Aumentar a conscientização da população mundial sobre a obesidade.

A obesidade é uma doença. Aumentando a conscientização, melhora-se a compreensão de suas causas e das ações necessárias para resolvê-las.

  • Encorajar a defesa de direitos.

Mudando a forma como a obesidade é tratada na sociedade, as pessoas são incentivadas a se levantar e a clamar por mudanças.

  • Melhorar as políticas.

Criando um ambiente saudável que prioriza a obesidade como um problema de saúde, trabalha-se para mudar a política a fim de construir os sistemas de apoio certos para o futuro.

  • Compartilhar experiências.

O compartilhamento de experiências inspira e une uma comunidade global para trabalhar em prol de um objetivo comum.

Na infância

A obesidade infantil é um grande problema de saúde pública. No Brasil, alguns estudos indicam prevalência de excesso de peso em crianças e adolescentes variando entre 11,6% e 38,5%. Crianças e adolescentes obesos correm maior risco de ter outras doenças e condições crônicas de saúde, como asma, apneia do sono, problemas ósseos e articulares e diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Eles também têm mais fatores de risco para doenças cardíacas, como hipertensão arterial e hipercolesterolemia. Além disso, podem ser vítimas de bullying, tendo maior probabilidade de sofrer de isolamento social, depressão e baixa autoestima. Por fim, têm maior probabilidade de serem obesos quando adultos. Isso pode levar a problemas de saúde física e mental ao longo da vida. A obesidade adulta está associada a um risco maior de DM2, doenças cardíacas e diversos tipos de câncer.

Saiba mais: Obesidade em pediatria: qual a prevalência de enzimas hepáticas elevadas e comorbidades?

Muitos fatores podem ter um impacto sobre a obesidade infantil, incluindo comportamentos alimentares e de atividade física, genética, metabolismo, ambiente familiar e doméstico e fatores comunitários e sociais. Para algumas crianças e famílias, a obesidade pode ser influenciada pelos seguintes fatores:

  • Sedentarismo;
  • Sono prejudicado;
  • Acesso fácil a alimentos baratos com alto teor calórico e bebidas açucaradas;
  • Falta de acesso a alimentos mais saudáveis e baratos.

De acordo com os Centers for Disease Control and Prevention (CDC), o tratamento da obesidade requer o apoio de profissionais de saúde e da comunidade, encorajando as crianças a serem mais ativas fisicamente e a seguirem uma dieta saudável. Departamentos de saúde estaduais e locais, empresas e grupos comunitários podem trabalhar na tentativa de garantir que os bairros tenham locais de atividade física de baixo custo, como parques, trilhas e centros comunitários, além de oferecer acesso fácil a água potável segura e gratuita e opções de alimentos saudáveis e acessíveis. Já os profissionais de saúde podem checar o peso, a altura e o índice de massa corporal das crianças rotineiramente e encaminhar as famílias para serviços de apoio à amamentação, educação nutricional ou programas de peso saudável para a infância, conforme necessário. Por fim, as escolas podem adotar políticas e práticas que apoiem uma alimentação saudável, atividade física regular e tempo limitado de tela, oferecendo oportunidades para que os alunos aprendam e pratiquem esses comportamentos.

Pais e cuidadores têm um papel primordial na prevenção da obesidade infantil, estando cientes do crescimento do seu filho, fornecendo alimentos nutritivos e de baixo teor calórico, como frutas e vegetais no lugar de alimentos ricos em açúcares e gorduras e certificando-se de que a água potável esteja sempre disponível como uma alternativa sem calorias às bebidas açucaradas, limitando a ingestão de sucos. É importante também que os pais estimulem a realização de atividade física pela criança. São recomendados 60 minutos de atividade física por dia. A atividade física regular pode ter benefícios imediatos para a saúde, como melhora do sono, melhora do desempenho escolar e redução da sensação de ansiedade e estresse. Ademais, o sono ajuda a melhorar a atenção e reduz o risco de desenvolver DM2 e até mesmo obesidade mais tarde na vida. Crianças devem ter uma rotina de sono, indo para a cama no mesmo horário todos os dias, inclusive nos finais de semana, e evitando o uso de dispositivos eletrônicos. É uma excelente oportunidade para que os pais, tornando-se modelos para seus filhos, possam adotar hábitos mais saudáveis de vida.

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Referências bibliográficas:

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