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O delirium é caracterizado por uma mudança rápida na função cerebral, afetando principalmente a capacidade de focalizar a atenção. Pode flutuar no decorrer de um dia com períodos de lucidez seguidos por uma crescente confusão. Ocorre em até 25% dos pacientes internados em enfermarias, 50% dos pacientes cirúrgicos e 80% dos pacientes em cuidados intensivos, podendo culminar em disfunção cognitiva em longo prazo.
Os pacientes com maior risco de apresentarem delirium são: pacientes graves, crianças menores de dois anos e idosos, pacientes em pós-operatório, pacientes com deficiências cognitivas prévias (como demência), pacientes com diversas condições clínicas associadas e pacientes com algum tipo de disfunção sensorial.
A prevenção consiste em identificar os pacientes em risco, melhorar a estimulação cognitiva, incentivar a mobilização, promover o sono, evitar medicamentos com efeitos cognitivos e incentivar o envolvimento dos familiares. Até o momento, nenhum medicamento foi aprovado para o tratamento farmacológico.
A International Federation of Delirium Societies é a fusão de três associações para o estudo do delirium: American Delirium Society, European Delirium Association e Australasian Delirium Association. Juntas, essas associações criaram o World Delirium Awareness Day (WDAD), que está em seu segundo ano. Em 2018, o WDAD é em 14 de março.
Clique aqui para acessar o material para profissionais de saúde e familiares (em português). E não deixe de acessar também nossos artigos sobre o tema:
- Abordagem farmacológica na prevenção e tratamento do delirium
- Delirium em Unidades de Terapia Intensiva: o que precisamos saber
Referências:
- WORLD DELIRIUM AWARENESS DAY. International Federation of Delirium Societies. Disponível em: www.idelirium.org. Acesso em: 11 mar. 2018.
- ICU DELIRIUM AND COGNITIVE IMPAIRMENT STUDY GROUP. Vanderbilt University Medical Center. Disponível em: www.icudelirium.org. Acesso em: 11 mar. 2018.