Dia Mundial do Lúpus: diagnóstico e tratamento

Dia 10 de maio é usado para conscientizar sobre o lúpus, doença crônica e autoimune que conta com um difícil diagnóstico. Saiba mais.

O Dia Internacional do Lúpus é comemorado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 10 de maio. Esta data é usada para conscientizar as pessoas sobre esta doença crônica e autoimune que não tem uma causa conhecida e que ainda conta com com um processo difícil de diagnóstico.

O lúpus eritematoso sistêmico (LES), também conhecido como lúpus, é uma doença complexa, sem cura, mas possível de ser controlada com tratamento e acompanhamento reumatológico. Atinge mais de 5 milhões de pessoas no mundo e 90% dos atingidos são mulheres entre 20 e 45 anos.

O lúpus é uma doença inflamatória, crônica e autoimune. Por ser autoimune o sistema imunológico não diferencia vírus, bactérias e germes do que é saudável no corpo e isto faz com que o organismo crie anticorpos de forma descontrolada que atacam e destroem tecidos saudáveis. Este ataque causa inflamação e dor e pode afetar qualquer parte do corpo (coração, pulmão, pele, cérebro entre outros).

lúpus

Tipos de lúpus

Existem dois tipos principais: o lúpus cutâneo que é restrito a pele, normalmente o paciente apresenta manchas avermelhadas ou eritematosas que acomete áreas que ficam mais expostas ao sol (rosto, braços, orelhas, entre outras) e o eritematoso sistêmico, que afeta 70% dos pacientes e acomete um ou mais órgãos internos.

Leia também: Lúpus eritematoso sistêmico em pacientes com púrpura trombocitopênica idiopática?

Diagnóstico

Ainda não se sabe as causas para esta doença, mas acredita-se em fatores genéticos, hormonais e fatores ambientais como infecções e uso de alguns medicamentos. As principais manifestações clínicas são: fadiga, febre baixa, queda de cabelo, emagrecimento e perda de apetite. Essas manifestações acontecem devido às inflamações articulares, na pele, nervos, rins, pleura, pericárdio e cérebro. 

O diagnóstico é feito através da análise médica dos sintomas clínicos que o paciente apresenta e da dosagem de anticorpos resultantes no exame de sangue. Alterações no exame de urina também pode auxiliar no diagnóstico.

Tratamento

O tratamento adotado vai depender das manifestações clínicas apresentadas pelo paciente, mas normalmente é feito com corticóides, cloroquina e anti-inflamatórios. Em casos mais graves, drogas como ciclofosfamida, micofenolato mofetil, azatioprina e doses muito altas de corticóide podem ser utilizadas. 

Pacientes portadores de lúpus, por fazerem uso de medicamentos imunossupressores, podem apresentar imunidade baixa e terem maior chance de desenvolver formas graves da Covid-19. Por este motivo os pacientes portadores de doenças reumatológicas autoimunes entre 18 e 59 anos devem ser imunizados contra à doença. Os mesmos devem realizar um pré-cadastro no sistema de informações do Programa Nacional de Imunização (PNI) e receberem a vacina contra a Covid-19. Além desta, vacinas contra a gripe e a doença pneumocócica são indicadas a estes pacientes.

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