Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer: o incansável caminho para a cura e a importância da prevenção

A lei brasileira institui 21/9 como o dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer, uma das patologias mais desafiadoras do século,

Chegamos ao mês de setembro e com ele a necessidade de abordarmos o mês de conscientização da Doença de Alzheimer, uma das patologias mais desafiadoras e misteriosas do século, totalizando 1,2 milhões de casos no Brasil e 35,6 milhões no mundo. A lei brasileira nº 11.736/2008 institui o dia 21 de setembro como o dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer.

É valido relembrar que essa patologia é neurodegenerativa e progressiva, ou seja, a pessoa apresenta piora cognitiva conforme a evolução da doença, em que a memória é a mais prejudicada e passa a ser uma alteração de rotina na vida de quem é diagnosticado com Alzheimer.

É importante que estejamos alerta aos sinais e sintomas da doença, que podem variar desde a falta de memória de acontecimentos recentes, como repetição de frases e perguntas, raciocínio lentificado e dificuldade de elaborar frases, de reconhecer e realizar caminhos conhecidos, bem como outros sintomas neuropsiquiátricos, como irritabilidade, agressividade e isolamento social.

Ouça também: PEBMED e HA: O uso da inteligência artificial no diagnóstico de Alzheimer [podcast]

Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer o incansável caminho para a cura e a importância da prevenção

Causa e tratamentos

Os estudiosos/cientistas ainda não conseguiram desvendar a causa da doença, embora se acredite ser genética. No entanto, também há controvérsias se estamos próximos da “cura”. O tão famoso Aducanumabe (Aduhelm), medicamento liberado no início de junho de 2021, foi para algumas pessoas, o mais próximo da tão sonhada ‘cura’, pois foi capaz de reduzir os níveis da proteína beta-amiloide, que estão acumuladas no cérebro de quem apresenta Alzheimer.

Embora a Food and Drug Administration (FDA) tenha aprovado a droga, muitos cientistas ainda questionam a eficácia do tratamento, pois dizem que não há evidências suficientes para a adoção do tratamento, contudo, a farmacêutica responsável pela fabricação, diz que a criação pode ajudar os pacientes que se encontram nas fases iniciais da doença (leve), e que os resultados experimentais mostraram 22% menos declínio clínico na saúde cognitiva dos envolvidos.

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia se posicionou a favor, porém com cautela, e acredita que a aprovação foi um grande marco da ciência, pois nenhuma droga para o Alzheimer chegou tão próxima de ser aprovada e utilizada. No entanto traz três questionamentos importantes: os dois ensaios clínicos com o uso da Aducanumab foram incompletos, pois foram abortados na fase III; embora tenha comprovado eficácia na redução da proteína beta-amiloide o estudo foi realizado em uma fração de tempo que não necessariamente as individualidades da progressão da doença foram consideradas; a medicação age apenas em uma das alterações da doença (acúmulo da beta-amiloide) e não nas alterações da proteína TAU; além de questionar os efeitos colaterais e altos custos para o tratamento.

Saiba mais: FDA altera indicação de tratamento para Alzheimer nos Estados Unidos

Enquanto a eficácia do tratamento ainda é questionada e não é cem por cento confirmada, devemos investir na medicina mais barata que temos, a prevenção e diagnóstico precoce, para que o retardo da progressão da doença aconteça da melhor forma possível.

As medidas preventivas não são exclusivas e direcionadas, tampouco cem por cento efetivas, contudo podem ajudar, pois manter a mente ativa pode ser uma forma eficaz; para isso, estudar, ler, pensar, fazer exercícios e jogos de raciocínio, manter uma boa alimentação, evitar álcool e drogas e tomar sol são estratégias válidas no combate ao Alzheimer.

Mensagem final

Nesse contexto, é necessário que possamos enaltecer a importância do acolhimento e acompanhamento de forma multiprofissional, em que assistentes sociais, dentistas, enfermeiros, educadores e educadores físicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, entre outros, possam lançar seus olhares para a prevenção, diagnóstico, tratamento e qualidade de vida de todas as pessoas com Doença de Alzheimer. Assim como, possamos conscientizar a população sobre a doença, para que estejamos afastados de estigma e desinformação.

Referências bibliográficas:

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.