Diabetes: é necessário orientar os pacientes sobre o descarte dos materiais

Os cuidados dos pacientes com diabetes e/ou outras doenças que exijam o uso de medicamentos injetáveis devem se estender além do controle da própria doença.

No Brasil, existem cerca de 16,8 milhões de pessoas com diabetes. Felizmente, recentes avanços tecnológicos têm permitido que esses pacientes disponham de condições cada vez melhores para o controle da doença.

Porém, os cuidados dos pacientes com diabetes e/ou outras doenças que exijam o uso de medicamentos injetáveis devem se estender além do controle da própria doença, visando proteger o meio ambiente e a comunidade.

Estima-se que pelo menos 1 milhão de pessoas com diabetes façam uso de insulina diariamente, várias vezes ao dia. O automonitoramento das glicemias pré e pós-prandiais também é realizado por muitos desses pacientes, até sete vezes ao dia. Com isso, um grande volume de resíduos de saúde é produzido diariamente no ambiente domiciliar, sendo constituído por canetas de insulina e outros medicamentos, agulhas, seringas, lancetas, etc.

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O descarte inadequado desses resíduos é uma ameaça para a contaminação do meio ambiente e das pessoas que manipulam o lixo doméstico. Infelizmente, muitos estudos realizados tanto no Brasil como em outros países têm demonstrado um resultado em comum: a maior parte dos pacientes percebe esses materiais como “resíduos comuns”, não recebe instruções específicas, e não descarta os resíduos gerados no tratamento domiciliar de sua doença de maneira adequada.

Objetos perfurocortantes que estiveram em contato com sangue humano podem transmitir hepatite B, hepatite C e HIV, por exemplo. Uma pessoa com diabetes com qualquer uma dessas doenças, e que não siga práticas apropriadas de descarte de agulhas e outros insumos, poderá infectar outras pessoas por um período de tempo significativo. Um grave problema é que a maioria dessas infecções tem uma forma crônica, que muitas vezes permanece sem diagnóstico, fazendo com que esses resíduos funcionem como uma fonte contínua de contaminação para a comunidade.

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Estudos mostram que oferecer orientação quanto ao descarte correto de objetos perfurocortantes em ambiente domiciliar se associa a taxas mais altas de práticas corretas. Com essa motivação, a Associação SEMPR Amigos, com o apoio da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Sociedade Brasileira de Endocrinologia Regional Paraná (SBEM-PR), Associação Paranaense de Hepatologia (APH) e Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), criou a campanha pública Descarte Amigo – “Agulha no lixo é um perigo”.

Esta é uma campanha permanente, e tem o objetivo de alertar a população quanto aos riscos associados ao descarte incorreto, orientando, nessa primeira fase, como descartar adequadamente os resíduos perfurocortantes gerados no tratamento domiciliar do diabetes e outras doenças. O profissional de saúde tem papel importantíssimo, pois precisa orientar corretamente o paciente sobre essa questão, já que é uma questão de saúde pública.

A Associação SEMPR Amigos convida a todos os profissionais para auxiliar na divulgação dessa importante campanha. Saiba mais sobre outras ações relacionadas à campanha através deste link.

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