Diabetes e osteoporose: como os medicamentos usados podem afetar o curso das doenças

Vamos analisar como as medicações usadas no tratamento do diabetes afetam o metabolismo ósseo e também como medicações usadas no tratamento da osteoporose podem afetar o curso do DM2.

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Dados estatísticos da OMS nos dizem que mais de 420 milhões de pacientes têm diabetes, enquanto a prevalência mundial da doença ultrapassa 120 milhões de pessoas. Após os 50 anos, 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens irão sofrer alguma fratura por osteoporose durante o resto da vida.

Diabetes do tipo 2 (DM2) e osteoporose são afetadas pela idade e com frequência coexistem. Além disso, o risco de fraturas em pacientes com DM2 é maior. Vamos analisar como as medicações usadas no tratamento do diabetes afetam o metabolismo ósseo e também como medicações usadas no tratamento da osteoporose podem afetar o curso do DM2.

– Metformina: efeito protetor, com benefícios na formação óssea e diminuindo risco de fratura e aumentando a densidade mineral óssea (DMO).
– Sulfonilureias: ação farmacológica protetora, diminuindo o risco de fraturas, porém como essas medicações podem aumentar o risco de hipoglicemia e consequentemente quedas e fraturas.
– Glitazonas: efeito comprovadamente redutor da DMO e aumento do risco de fraturas.
– iDPP-4: dados clínicos preliminares apontam por um possível efeito positivo, mas estudos adicionais são necessários para confirmar tal dado.

Mais do autor: ‘Controle da PA em pacientes diabéticos: o que você precisa saber’

– Análogos do GLP-1: aumentam a formação óssea e previnem perda mineral.
– Inibidores do SGLT-2: canaglifozina tem efeito redutor da DMO com aumento do risco de fratura de quadril, porém não parece ser efeito da classe de medicações que tem efeito neutro.
– Insulina: associação estatística com fratura e perda óssea, provavelmente relacionada com idade avançada, complicações (retinopatia) hipoglicemia secundária a medicação.
-Medicações aprovadas para o tratamento de osteoporose (bifosfonatos, denosumab, teriparatida, ranelato de estrôncio, raloxifeno): efeito mínimo ou ausente no metabolismo da glicose, mais informações e dados são necessários para chegarmos a uma conclusão final.

Além da terapia farmacológica, mudanças de estilo de vida são benéficas para ambas as doenças: perda de peso através de dieta e exercício, associadas ao consumo de cálcio e vitamina D devem ser sempre estimuladas.

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Referências:

  • Stavroula A. Paschou; Anastasia D. Dede; Panagiotis G. Anagnostis; Andromachi Vryonidou; Daniel Morganstein; Dimitrios G. Goulis. Type 2 Diabetes and Osteoporosis: A Guide to Optimal Management. J Clin Endocrinol Metab. 2017;102(10):3621-3634.

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