Diarreia: Novo guideline do IDSA (parte 2)

Na primeira parte desse especial, falamos sobre os sinais clínicos e diagnóstico. Agora, vamos abordar o tratamento e prevenção.

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Uma atualização recente das diretrizes de diarreia infecciosa da IDSA (Infectious Disease Society of America) foi publicada. Destacamos em 2 partes as principais recomendações da publicação. Na primeira, falamos sobre o diagnóstico, agora abordaremos o tratamento.

Tratamento empírico: Indicações:

  • Em imunocompetentes, apenas nas seguintes situações:
    – < 3 anos com suspeita de infecção bacteriana;
    – Na presença de: febre, dor abdominal, diarreia sanguinolenta e disenteria bacilar (caracterizada por sangue frequente nas fezes, febre, cólicas abdominais e tenesmo), com diagnóstico presumido de shigelose;
    – Histórico de viagens internacionais recentes com febre maior ou igual à 38,5ºC e/ou sinais de sepse.
  • Antimicrobiano empírico: Optar por fluoroquinolonas, como o ciprofloxacino, ou por macrolídeo, como a azitromicina.
  • Em menores de 3 meses, prefere-se cefalosporinas de 3º geração, como a ceftriaxona, ou outra opção com concentração em sistema nervoso central, como a azitromicina.
  • Contatos assintomáticos de pacientes disentéricos não apresentam indicação de uso empírico de antimicrobianos.
  • Em infecções por E. coli produtores de Shiga, tratamento empírico com antimicrobianos deve ser evitado.
  • Nos casos de diarreia aquosa, prolongada ou persistente, o tratamento empírico com antimicrobianos não é recomendado, exceto na presença de histórico de viagem internacional.

Terapia de reidratação oral:

  • Iniciar imediatamente em todas as crianças e adultos com diarreia aguda de leve a moderada de qualquer etiologia.
  • Pacientes impossibilitados ou intolerantes, administrar por sonda nasogástrica.
  • Administração de soluções isotônicas endovenosas, como cristaloides, está indicada em casos de falência da terapia oral ou em casos de desidratação severa, choque ou alteração do nível de consciência.

Alimentação:

  • Em lactentes, manter o aleitamento materno durante o quadro ou imediatamente após o início da terapia de reidratação.
  • Em adultos, retomar a dieta durante o quadro ou imediatamente após o início da terapia de reidratação.

Alívio sintomático:

  • Loperamida (ação antimotilidade): Deve ser evitada em menores de 18 anos de idade com diarreia aguda. Pode ser prescrita em adultos imunocompetentes com diarreia aquosa aguda, sendo suspensa em caso de febre ou suspeita de megacólon tóxico.
  • Antieméticos: Podem ser prescritos para melhor tolerância à terapia de reidratação oral em pacientes com mais de 4 anos de idade.

Probióticos e Zinco:

  • Probióticos: Alívio da gravidade e duração dos sintomas em adultos e crianças imunocompetentes com quadro de diarreia infecciosa ou associada ao uso de antimicrobianos.
  • Suplementação oral de zinco: Abrevia a diarreia em crianças de 6 meses à 5 anos de idade que residem em áreas com alta prevalência de deficiência de zinco ou com sinais de desnutrição, exclusivamente.

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