Diazepam intrarretal após cirurgias de reconstrução pélvica

Foi publicado um estudo com a finalidade então de avaliar o uso de diazepam supositórios no controle da dor pós-operatório de reconstrução pélvica

As cirurgias minimamente invasivas têm ganhado seu terreno e trazido grandes benefícios para pacientes, médicos e hospitais. Essas pacientes submetidas a cirurgias de reconstrução pélvica com tecido autólogo após histerectomia vaginal em geral tem pouca dor ou desconforto pós-operatório, tem alta mais precoce, menos complicações como sangramentos e infecções. Com isso os gastos hospitalares podem ser também reduzidos.

O controle da dor pode ser um determinante para a liberação precoce, até no mesmo dia, dessas pacientes. O diazepam em apresentação intrarretal tem sido uma alternativa para controle de dor com farmacocinética ideal para uso intermitente.

diazepam

Estudo

Com a finalidade então de avaliar o uso de diazepam supositórios no controle da dor pós operatório de histerectomia vaginal com reconstrução pélvica foi publicado no AJOG (American journa of Obstetrics and Gynecology) em maio de 2022 um estudo duplo cego, randomizado placebo controlado avaliando escores de dor em pacientes pós operatório de histerectomia vaginal que fizeram reparo com tecido autólogo do seu prolapso genital. Um total de 123 pacientes foram randomizados para receber ou placebo (63 pacientes) ou 10 mg de diazepam na forma de supositórios aproximadamente três horas após a cirurgia. Os comprimidos eram idênticos. A avaliação de dor era feita por uma escala visual e diferenças maiores que 10 mm numa escala visual de dor eram consideradas significativas.

A randomização permitiu o equilíbrio entre os grupos, assim as distopias genitais e procedimentos intra-operatórios foram semelhantes entre os grupos.

O uso de narcóticos no pós-operatório imediato foi semelhante entre os grupos (19,0 versus 17,0 equivalentes de morfina, p = 0,202).

Duas semanas de pós operatório nas pacientes do grupo placebo tinham mais satisfação no controle da dor tanto no hospital (31 versus 43 mm, p = 0,006) quanto no controle de dor em casa (31 versus 42 mm, p = 0,022).

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Considerações

Com isso, apesar da ligeira satisfação  no grupo placebo no controle de dor, a dor no pós-operatório foi pequena. Com isso, o uso de diazepam retal no pós-operatório não trouxe mudança na dor ou no uso de narcóticos no pós-operatório de histerectomia vaginal com reconstrução com tecidos autólogos.

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Intrarectal Diazepam following Pelvic Reconstructive Surgery: a Double-Blind, Randomized Placebo-Controlled Trial Aldrich, Emily R.Tam, Tiffanie Y.Saylor, Leah M.Crisp, Catrina C.Yeung, JenniferPauls, Rachel N. et al. American Journal of Obstetrics & Gynecology, Volume 0, Issue 0. doi: https://doi.org/10.1016/j.ajog.2022.05.009