Doação de órgãos no Brasil: como estamos caminhando durante a pandemia?

O mês de setembro é conhecido como “setembro verde” por incentivar a doação de órgãos e tecidos. Saiba mais no Portal PEBMED.

O mês de setembro é conhecido como “setembro verde” por incentivar a doação de órgãos e tecidos, sendo assim, é uma forma de conscientizar a população sobre a importância desse ato tão nobre e que salva vidas. 

O dia nacional da doação de órgãos é comemorado no dia 27 de setembro e foi instituído pela lei nº 11.584/2.007, para além de conscientizar a sociedade sobre a importância da doação e fazer com que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto. 

A doação de órgãos é um procedimento cirúrgico que visa a reposição/troca de um órgão ou tecido que perdeu a sua função, em que pode-se repor o coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado (órgãos), medula óssea, osso, córnea e pele. O transplante ocorre para uma pessoa doente (receptor) de um doador vivo ou morto, quando o mesmo é diagnosticado com morte encefálica (ME).

doação de órgãos

Contexto atual 

Atualmente, um potencial doador pode doar seus rins, coração, pulmões, pâncreas, intestino, fígado, bem como os tecidos de córneas, válvulas, músculos, tendões, ossos, veias, artérias e pele. Uma única pessoa, quando doador, pode salvar até dez vidas.

No Brasil, a estimativa é que 45 mil pessoas estejam na fila de transplante, aguardando um órgão ou tecido, contudo, os dados demonstram que apenas 6.722 mil transplantes ocorreram de janeiro a setembro de 2019. Esses dados reforçam que há falta de adesão por parte da população a respeito da prática de doação e que precisamos melhorar nesse quesito.

Os dados ficam ainda mais alarmantes quando falamos em pandemia da covid-19, pois embora a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), tenha anunciado um aumento de 13% de notificações de potenciais doadores, a porcentagem de queda no número de transplantes efetivamente realizados é proporcional, sendo de 13%. Os dados apontam que antes da pandemia, a cada três potenciais doadores, um se efetivou, no panorama atual, a cada quatro, um se afetiva. Isso acontece em decorrência das testagens serem positivas para Covid-19 ou pela demora nas mesmas, o que leva a perda do potencial doador.

Nesse momento, é necessário que as campanhas sejam intensificadas, não só em setembro, para que a população seja conscientizada e possamos ter uma curva ascendente no número de captação e procedimentos de transplante. Bem como, os profissionais da saúde se mantenham atualizados e tenham conhecimento do que já é instituído sobre o transplante e quais as mudanças ocorreram em meio à pandemia.

Estudo sobre a doação de órgãos

Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) identificou os três principais motivos para recusa da doação de órgãos, dentre elas, a incompreensão da morte encefálica, falta de preparo da equipe para fazer a comunicação sobre a morte e religião da família.

Para isso, gravamos esse podcast para você, em que abordamos a definição de morte encefálica, panorama da situação no Brasil, órgãos doados, testes realizados, abordagem às famílias, ações de enfermagem e doação de órgãos e a pandemia da Covid-19. 

Para mais informações, procure os sites do Ministério da Saúde, a página da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e os nossos sites e redes sociais: Portal PEBMED, Twitter, Instagram, Facebook e os aplicativos do Whitebook e Nursebook.

Também deixamos na sequência, alguns links de acesso.  Adicionais:

Referências bibliográficas:

  • Viana RAPP, Torre Mariana. Enfermagem em Terapia Intensiva: práticas integrativas. Barueri, SP: Manole, 2017.
  • Araújo C, Santos JAV, Rodrigues RAP, Junior LRG. O papel do profissional de enfermagem na doação de órgãos. Revista Saúde em Foco – Edição nº 9 – Ano: 2017
  • Ramos ASMB, Carneiro AR, Pessoa DLR, Fontele RM, Machado MCAM, Nunes SFL. O enfermeiro no processo de doação e transplante de órgãos. Rev. Recien.  v. 9, n. 25 (2019).
  • Mohabir PK. Manual Msd. Versão saúde da família. Cirurgia. Stanford University School of MedicinE, 2018.
  • Agência Brasil. Taxa de doadores de órgãos cai 13% no primeiro semestre. Por Flávia Albuquerque. São Paulo: 2021.

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