Doenças cardiovasculares: Mortes no primeiro semestre de 2021 aumentam no país

O número de óbitos por doenças cardiovasculares aumentou 7% nos primeiros seis meses deste ano de 2021, segundo dados da Arpen-Brasil. Saiba mais.

O número de óbitos por doenças cardiovasculares aumentou 7% nos primeiros seis meses deste ano. No total, foram mais de 150 mil óbitos registrados em 2021, de acordo com dados divulgados pela Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil (Arpen-Brasil).

Ainda segundo o levantamento, os óbitos por infarto do miocárdio, que haviam reduzido em 3,82% de janeiro a junho de 2020 em relação a igual período de 2019, voltaram a subir neste ano, registrando aumento de 3,14% neste primeiro semestre.

Já os óbitos por acidente vascular cerebral (AVC) registraram uma leve queda em 2021. No primeiro semestre do ano passado foram 50.370 mortes, no mesmo período deste ano foram registrados 50.284 óbitos, apresentando uma queda discreta de 0,17%.

Já as mortes por doenças cardiovasculares inespecíficas, como morte súbita e parada cardiorrespiratória, registraram elevação de 19% quando comparadas ao período de janeiro a junho de 2020. Foram mais de 52 mil óbitos nos primeiros seis meses deste ano, enquanto no mesmo período de 2020, foram quase 44 mil.

Assim como no ano passado, houve aumento das mortes por doenças cardiovasculares em domicílio, que apresentaram aumento de 11,74%. Foram mais de 42 mil óbitos nos primeiros seis meses de 2021, ante quase 38 mil mortes no mesmo período do ano passado.

O alerta vem da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que acompanha de perto a situação devido à redução no número de atendimentos cardiológicos de urgência no país durante a pandemia do novo coronavírus.

Aliás, para contribuir com a saúde dos brasileiros e em busca por transparência com informações sólidas para serem utilizadas para a análise e a tomada de decisão de políticas públicas, baseadas em dados reais, a SBC e a Arpen-Brasil se uniram para disponibilizar no Portal da Transparência um novo módulo que traz os números de óbitos por doenças cardiovasculares desde o início da pandemia.

Estima-se que até o ano de 2040 haverá 250% de aumento desses eventos entre os brasileiros. A cada dois minutos alguém sofre um acidente vascular cerebral (AVC) ou um infarto agudo do miocárdio.

doenças cardiovasculares

Cenário brasileiro

Segundo a SBC, cerca de 14 milhões de brasileiros apresentam alguma alteração cardíaca. Outro dado alarmante é que 400 mil pessoas vêm a óbito por ano em decorrência dessas doenças, o que corresponde a 30% de todos os óbitos em território nacional. São cerca de mil mortes diárias, panorama que está sendo agravado em função da pandemia da Covid-19.

O receio da contaminação também tem feito muitos pacientes negligenciar as suas rotinas de saúde, deixando de ir ao médico e protelando exames.

Vale lembrar que o colesterol elevado no sangue é um dos principais fatores para os problemas cardiovasculares e pode ser uma das causas que podem levar ao infarto do miocárdio e ao acidente vascular cerebral (AVC).

Orientações a médicos e pacientes

“Precisamos divulgar sobre este assunto para que os nossos pacientes aprendam a cuidar da própria saúde e atinjam suas metas de colesterol. É importante que todos tenham seus níveis de colesterol verificados, de acordo com orientações médicas”, afirmou o médico José Francisco Kerr Saraiva, diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC.

Uma pesquisa realizada pela entidade, em 2017, mostrava que 67% dos entrevistados desconheciam os valores dos níveis de colesterol do próprio organismo. Por isso, é fundamental que os médicos reforcem a importância de seus pacientes apresentarem as taxas de gordura no sangue controladas no dia a dia e nos exames periódicos.

Saiba mais: Dietas: qual tem mais mortalidade por doenças cardiovasculares?

“A recomendação é que um paciente com riscos maiores, como insuficiência cardíaca, infarto, use stent, tem arritmia, hipertensão em estágios 2 e 3, seja visto semestralmente por seu médico. Os que fazem check-up, como o exame de controle de colesterol, não devem ficar mais de um ano sem realizá-lo”, orientou Saraiva.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED.

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