No verão, durante as férias escolares, é comum as crianças frequentarem praias e piscinas, aumentando o risco de desenvolveram otite externa diante do contato prolongado com a água.
Otite externa aguda difusa
A otite externa aguda difusa, também chamada de “ouvido de nadador (swimmer’s ear)”, é uma condição inflamatória e/ou infecciosa que acomete o conduto auditivo externo e região auricular. O contato prolongado com a água, possibilita a entrada de água nos ouvidos, propiciando um meio úmido e aquecido, o que possibilita o crescimento de microrganismos.
Essa condição também pode ocorrer devido a remoção da camada lipídica protetora do canal auditivo com hastes flexíveis, próteses auditivas e etc. Os principais causadores de otite externa são Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus epidermidis e Staphylococcus aureus.
O processo inflamatório provoca hiperemia, edema do conduto auditivo externo e dor aguda, que pode ser mais intensa ao toque da região auricular e durante movimentos de mastigação. Pode ocorrer otorreia purulenta, prurido plenitude auricular e hipoacusia.
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Ação da enfermagem
Durante a consulta de enfermagem, o enfermeiro deve investigar as manifestações clínicas, se a criança frequentou praias, piscinas, clubes nos últimos dias, a ocorrência de infecções respiratórias anteriores, que pode estar associada a quadros de otite média aguda.
É importante que o enfermeiro realize exame físico completo, com foco na avaliação da dor da criança, utilizando escalas apropriadas. A leve palpação do tragus é suficiente para a criança se queixar de dor. O examine do pavilhão e estruturas auriculares, otoscopia, avaliação da presença de secreções e verificação dos sinais vitais são imprescindíveis.
A manejo de crianças com otite externa é ambulatorial, salvo os casos de crianças imunossuprimidas, presença de abcessos, celulites de face, pescoço e pavilhão auricular.
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Os principais cuidados de enfermagem para manejar os casos de Otite Externa em crianças são o uso de medidas farmacológicas e não farmacológicas para alívio da otalgia, orientar os pais sobre a administração de medicamentos prescritos como analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos em gotas otológicas. Antibioticoterapia sistêmica está reservada para os casos com infecções graves e complicadas.
Orientar sobre a limpeza externa do pavilhão auricular, orientar a não frequentar praias ou piscinas durante o quadro clínico, proteção dos ouvidos com tampões ou bolas de algodão, principalmente nos casos de banho de imersão.
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Referências bibliográficas:
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