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Drogas com ação anticolinérgica são indicadas para inúmeras condições como depressão, incontinência urinária e epilepsia. Os anticolinérgicos afetam a cognição, por isso, as diretrizes sugerem que eles sejam evitados em idosos frágeis e pessoas com demência. Um novo artigo do British Medical Journal (BMJ) objetivou estimar a associação entre o nível de exposição a diferentes classes de drogas anticolinérgicas e demência subsequente.
Para esse estudo de caso-controle, pesquisadores selecionaram de um banco de dados do Reino Unido 40.770 pacientes, com idade entre 65 e 99, com diagnóstico de demência entre 2006 e 2015, e 283.933 controles sem demência. Foram medidos o tempo e o nível de exposição aos medicamentos com ação anticolinérgica e o odds ratio para demência.
Anticolinérgicos e demência
Entre 4 a 20 anos antes do diagnóstico de demência, 14.453 (35%) pacientes e 86.403 (30%) controles utilizaram, pelo menos, um anticolinérgico com alta carga (amitriptilina, paroxetina); o odds ratio foi de 1,11. O aumento da exposição a drogas altamente anticolinérgicas foi associado ao aumento do risco de demência, principalmente nos casos de antidepressivos, medicamentos antiparkinsonianas e urológicos.
Pelos achados, os pesquisadores concluíram que a associação encontrada entre algumas classes de drogas anticolinérgicas e futura incidência de demência foi robusta e estudos futuros devem focar em compreender essa relação.
Vitamina D tem relação com o desenvolvimento da demência?
*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED
Referências:
- Richardson Kathryn, Fox Chris, Maidment Ian, Steel Nicholas, Loke Yoon K, Arthur Antony et al. Anticholinergic drugs and risk of dementia: case-control study BMJ 2018; 361 :k1315