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A manutenção de via aérea pérvia no cenário de emergência constitui um dos pilares do atendimento às vítimas de trauma, sendo frequentemente necessário instituir via aérea definitiva, que consiste em um tubo inserido na traqueia com balonete insuflado abaixo das cordas vocais, para manter ventilação do paciente. Na falha ou impossibilidade de uso do tubo endotraqueal, máscara laríngea ou tubo laríngeo há indicação de se instituir uma via aérea cirúrgica, sendo a cricotireoidostomia (CTM) preferível por ser mais fácil, rápida e apresentar menos risco de complicações durante sua execução no cenário de emergência comparada à traqueostomia (TQT).
Após garantir a via aérea por meio da CTM há tendência de se realizar conversão para TQT em até 24-72 horas justificada pelo risco de estenose subglótica caso seja mantida a CTM. Essa prática é respaldada principalmente em um estudo de 1921 realizado com 200 pacientes com estenose subglótica crônica, em que 79% haviam sido submetidos à traqueostomia alta eletiva, definida por incisões na membrana cricotireoidea, cartilagem tireoide, cricoide e parede lateral da laringe.
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Análise recente
Essa indicação tem sido questionada visto que tem-se ponderado se a potencial redução do risco de estenose subglótica supera os riscos inerentes à cirurgia de conversão. Foi objetivando elucidar essa questão que uma meta-análise recente avaliou literatura publicada entre 2008 e 2021, analisando resultados de cricotireoidostomia (CTM) e traqueostomia (TQT) de emergência, além de complicações inerentes à sua conversão. A incidência de sangramento significativo, estenose subglótica e outras complicações foi de 3%, 0% e 12% versus 3%, 0% e 13% para casos de CTM e TQT, respectivamente. Dos 67 pacientes submetidos à conversão foram reportados 3 casos de sangramento intenso/falência respiratória que culminaram na suspensão do procedimento.
Em resumo, o presente estudo ratifica outros dados recentes que reportam incidência de estenose subglótica associada à CTM de 1 a 2%. Por ser o procedimento cirúrgico de escolha para garantir via aérea na emergência e levando em consideração a baixa incidência de complicações precoces relacionadas à sua manutenção, devemos considerar a possibilidade de mantê-la como via aérea até que seja possível a decanulação, principalmente em pacientes que necessitarão da mesma por curto período de tempo (estima-se que períodos inferiores à 10-14 dias não necessitem de conversão para TQT).
A individualização da conduta cirúrgica, considerando particularidades dos pacientes e ponderando riscos e benefícios inerentes à indicação de procedimentos, deve continuar sendo o melhor conselheiro do cirurgião. Tal preceito deve ser aplicado à indicação rotineira de procedimentos como a conversão de cricotireoidostomia (CTM) de emergência em TQT, visto que nos pacientes que serão decanulados precocemente (antes da alta hospitalar) o risco de estenose subglótica parece não justificar os riscos inerentes à cirurgia de conversão.
Quiz
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Residente em Cirurgia Geral pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal da Fronteira Sul ⦁ Especialização Multiprofissional em Atenção Básica em Saúde pela Universidade Federal de Santa Catarina ⦁ Médica pela Universidade Federal do Ceará ⦁ Exerceu cargo de Presidente do Departamento Brasileiro das Ligas Acadêmicas de Cirurgia Cardiovascular ⦁ Foi editora Júnior do Blog do Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery ⦁ Desempenhou função de vice-presidente do Departamento Brasileiro das Ligas Acadêmicas de Cirurgia Cardiovascular e de presidente da Liga de Cirurgia Cardiovascular da Universidade Federal do Ceará ⦁ Realizou estágio em Cirurgia Cardíaca na Cleveland Clinic (EUA), Mount Sinai Hospital (EUA), The Heart Hospital at Baylor Plano (EUA), Hôpital Européen Georges Pompidou (França), Herzzentrum Leipzig (Alemanha), Papworth Hospital (Inglaterra), Harefield Hospital (Inglaterra), St. Thomas Hospital (Inglaterra), Manchester Royal Infirmary (Inglaterra), Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (Brasil) e Hospital São Raimundo (Brasil) ⦁ Realizou estágio de pesquisa no William Harvey Heart Centre (Inglaterra) ⦁ Foi bolsista de Graduação Sanduíche pelo Programa Ciência sem Fronteiras na University of Roehampton, Londres ⦁ Foi bolsista de iniciação científica CNPq, UFC e da FUNCAP do Laboratório de Fisiologia da Inflamação e do Câncer (LAFICA).
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# Choi J, Anderson T, Sheira D, Sousa J, Borghi J, Spain D et al. The Need to Routinely Convert Emergency Cricothyroidotomy to Tracheostomy: A Systematic Review and Meta-Analysis. Journal of the American College of Surgeons. 2022;234(5):947-952. 2. Jackson. High Tracheotomy and Other Errors—The Chief Causes of Chronic Laryngeal Stenosis. The American Journal of the Medical Sciences. 1921;162(3):444. 3. Zasso F, You-Ten K, Ryu M, Losyeva K, Tanwani J, Siddiqui N. Complications of cricothyroidotomy versus tracheostomy in emergency surgical airway management: a systematic review. BMC Anesthesiology. 2020;20(1). DOI: 10.1186/s12871-020-01135-2.
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