Efeito das estatinas no risco de Alzheimer varia de acordo com exposição, sexo e etnia

Medicamentos prescritos para outras condições têm sido associados com a redução do risco de Alzheimer, como, por exemplo, as estatinas.

Um tratamento eficaz para o Alzheimer ainda pode estar longe, no entanto, vários medicamentos prescritos para outras condições têm sido associados com a redução do seu risco, como, por exemplo, as estatinas. Em um novo estudo, pesquisadores compararam sua eficácia de acordo com raça e gênero.

Para a pesquisa, os autores usaram uma amostra de beneficiários do Medicare, sistema de saúde dos EUA, de 2006 a 2013, identificando 399.979 pessoas com 65 ou mais anos com alta ou baixa exposição à estatinas:

  • 7.794 (1,95%) homens negros
  • 24.484 (6,12%) mulheres negras
  • 11.200 (2,80%) homens hispânicos
  • 21.458 (5,36%) mulheres hispânicas
  • 115.059 (28,77% ) homens brancos
  • 195.181 (48,80%) mulheres brancas

O estudo focou nas quatro estatinas mais prescritas: sinvastatina, atorvastatina, pravastatina e rosuvastatina.

Veja também: ‘Doença de Alzheimer: testes genéticos em pessoas com fator de risco podem ajudar?’

A exposição elevada à estatinas foi associada a um menor risco de diagnóstico de doença de Alzheimer para as mulheres (HR 0,85; IC de 95%, 0,82-0,89; P<.001) e homens (HR 0,88; IC de 95%, 0,83-0,93; P<.001).

A sinvastatina foi associada com menor risco de doença de Alzheimer para mulheres brancas (HR 0,86; IC de 95%, 0,81-0,92; P<.001), homens brancos (HR 0,90; IC de 95%, 0,82-0,99; P=.02), mulheres hispânicas (HR 0,82; IC de 95%, 0,68-0,99; P=.04), homens hispânicos (HR 0,67; IC de 95%, 0,50-0,91; P=.01) e mulheres negras (HR 0,78; IC de 95%, 0,66-0,93; P=.005).

A atorvastatina foi associada a um risco reduzido de diagnóstico de doença de Alzheimer para mulheres brancas (HR 0,84, IC de 95%, 0,78-0,89), mulheres negras (HR, .081, IC de 95%, 0,67-0,98), homens hispânicos (HR 0,61; IC de 95%, 0,42-0,89) e mulheres hispânicas (HR 0,76; IC de 95%, 0,60-0,97).

E mais: ‘Risco de sangramento com dabigatrana aumenta com uso de sinvastatina e lovastatina’

Pravastatina e rosuvastatina foram associadas com redução do risco apenas para mulheres brancas (HR 0,82; IC de 95%, 0,70-0,95 e HR 0,81; IC de 95%, 0,67-0,98, respectivamente).

A exposição elevada à estatinas não foi associada a um risco estatisticamente mais baixo de doença de Alzheimer entre os homens negros.

A redução do risco de doença de Alzheimer variou entre exposição, sexo e raça/etnia. Os pesquisadores sugerem que, baseados nesses achados, médicos devem considerar qual estatina é prescrita para cada paciente.

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Referências:

  • Sex and Race Differences in the Association Between Statin Use and the Incidence of Alzheimer Disease
    Zissimopoulos J Barthold D Brinton R Joyce G Q G et. al. JAMA Neurology, 2016, vol: 111 (5) pp: 390-400. DOI: 10.1001/jamaneurol.2016.3783

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