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Em pacientes de alto risco cardiovascular com sintomas persistentes e/ou grandes territórios de isquemia, a revascularização das coronárias melhora o prognóstico ao reduzir o risco de IAM e morte cardiovascular. O tratamento percutâneo (PCI), com angioplastia e stent farmacológico, é a estratégia de escolha nas doenças de uma ou duas artérias, principalmente no paciente com angina típica e função do VE preservada (para mais detalhes, leia nossa artigo sobre novas diretrizes para revascularização do miocárdio).
Por outro lado, o paciente multiarterial e aquele com lesões complexas apresentam desafios, seja pelo pior prognóstico do tratamento percutâneo, seja pela dificuldade em selecionar quais lesões de fato são críticas.
No ACC 2019, o estudo “Impact of Intravascular Ultrasound-Guided Percutaneous Coronary Intervention on Long-Term Clinical Outcomes in Patients undergoing Complex Procedures” trouxe novas informações nesse cenário. Uma coorte retrospectiva de 6000 pacientes foi selecionada, com lesões complexas definidas como tronco de coronária esquerda, bifurcações, oclusões totais crônicas, lesões longas, doença multiarterial, reestenose intrastent e/ou artérias muito calcificadas. A seguir, este grupo foi dividido em procedimentos guiados por US intravascular (USIV) ou não, e métodos estatísticos foram realizados para compensar fatores de confundimento.
Leia mais: Como prevenir lesões relacionadas ao posicionamento cirúrgico do paciente?
Os resultados mostraram que o uso do USIV para escolher quais artérias deveriam ser angioplastadas reduziu a mortalidade cardiovascular de 16% para 10% (p<0,05), bem como outros defechos como IAM, angina e necessidade de novos procedimentos.
Qual a mensagem clínica? O USIV, assim como o FFR em outros estudos, ganha força, mostrando que não basta ter estenose > 70%, é necessário demonstrar, seja por função (FFR) ou anatomia (USIV), que há repercussão dessa lesão na perfusão coronariana.
ACC 2019: cobertura PEBMED
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