Enfermagem: o passo a passo da monitorização da pressão intracraniana

A monitorização da pressão intracraniana (PIC) é importante no monitoramento de sinais e sintomas de descompensação do paciente neurocrítico.

A monitorização da pressão intracraniana (PIC) fornece informações importantes que precedem o aparecimento de sinais e sintomas de descompensação do paciente neurocrítico, permitindo ações mais precoces e eficazes.

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Enfermagem o passo a passo da monitorização da pressão intracraniana

Definição

Monitorização neurológica de forma invasiva para obtenção de valores de pressão intracraniana.

Responsabilidade

A inserção do cateter intracraniano é feita pelo neurocirurgião. Compete ao enfermeiro a montagem do circuito para a monitorização da PIC e ao enfermeiro e técnico de enfermagem a manutenção do sistema e registro dos valores.

Indicação:

Materiais Necessários:

  • Cateter de pressão intracraniana;
  • Sistema de monitorização;
  • Equipamento de proteção individual: máscara e gorro;
  • Luva estéril;
  • Sistema de drenagem;
  • Suporte de soro;
  • Monitor multiparamétrico;
  • Gaze;
  • Álcool a 70%;
  • Soro fisiológico 0,9% 100ml;
  • Dânula 3 vias;
  • Módulo para pressão invasiva.

Etapas do Procedimento:

  1. Confirmar o paciente.
  2. Reunir o material.
  3. Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante.
  4. Higienizar as mãos.
  5. Colocar o EPI.
  6. Conectar o módulo de pressão invasiva ao monitor multiparamétrico.
  7. Conectar a extremidade do cabo de monitorização ao módulo.
  8. Conectar o dome ao suporte de soro.
  9. Selecionar “Pressão Intracraniana” no painel do monitor multiparamétrico.
  10. Ajustar os alarmes para pressão intracraniana.
  11. Conectar o frasco de soro fisiológico 0,9% ao equipo e preencher todo o sistema, evitando bolhas.
  12. Fazer desinfecção com álcool 70% na dânula do cateter de PIC/DVE e conectar a ponta do equipo do sistema de monitorização.
  13. Posicionar o leito do paciente com a cabeceira elevada e em um ângulo médio de 30º.
  14. Nivelar o transdutor com o ponto de referência (meato acústico externo) e o ponto zero do sistema de drenagem.
  15. Remover a tampinha da dânula, posicionar na posição aberta ao ambiente e fechada para o paciente.
  16. Atentar para o posicionamento da dânula do sistema de drenagem para a posição aberta para o equipo e fechada para DVE (somente monitorização).
  17. Selecionar a opção “Zerar” no painel eletrônico do monitor e aguarde a leitura do número zero no monitor.
  18. Observar a curva e o valor da PIC no monitor.
  19. Realizar o registro na folha de anotação e comunicar ao médico e enfermeiro em caso de alteração.
  20. Organizar a unidade do paciente.
  21. Higienizar as mãos.
  22. Realizar o registro no prontuário.

Orientações Gerais:

  • Manter o paciente em posição neutra para melhor perfusão cerebral: decúbito dorsal, cervical e cabeça alinhadas na linha média, exceto se contraindicado;
  • Evitar a rotação e a flexão do pescoço (atentar para mudança de decúbito e durante a higiene corporal);
  • Se o valor da PIC for maior ou igual a 20 mmHg, comunicar à equipe médica;
  • Comunicar ao médico e ao enfermeiro de plantão sempre que a pressão arterial média estiver abaixo de 70 mmHg;
  • Registrar os dias de permanência do cateter intracraniano a fim de promover a retirada precoce.

Riscos do Procedimento:

  • Manter o paciente em posição neutra para melhor perfusão cerebral: decúbito dorsal, cervical e cabeça alinhadas na linha média, exceto se contraindicado;
  • Evitar a rotação e a flexão do pescoço (atentar para mudança de decúbito e durante a higiene corporal);
  • Se o valor da PIC for maior ou igual a 20mmHg, comunicar à equipe médica;
  • Comunicar ao médico e ao enfermeiro de plantão sempre que a pressão arterial média estiver abaixo de 70 mmHg;
  • Registrar os dias de permanência do cateter intracraniano a fim de promover a retirada precoce.

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Referências bibliográficas:

  • Magalhães JMPL, Maciel CF, Silva CDB, Melo JS, Dias KS, Silva KO, Damasceno MVS. Cuidados de enfermagem na manipulação do cateter de DVE e PIC através do relato de um caso clínico. Braz. J. Hea. Rev. Curitiba; 2020 set./out;3(5):15243-15252. doi: 10.34119/bjhrv3n5-304
  • Viana RAPP, Neto JMR. Enfermagem em Terapia Intensiva: Práticas baseadas em vidências. 2ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2021.
  • Tanaka ANSR et al. Manual de orientações sobre cuidados de Enfermagem com pacientes em uso de Derivação Ventricular Externa e Monitorização da Pressão Intracraniana. Porto Alegre: UFRGS, 2021.

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