Entenda a relação entre depressão e DMRI úmida após terapia anti-VEGF

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Queremos saber a sua opinião! Gostou de ouvir essa notícia em áudio? Clique aqui e responda nossa pesquisa.

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI), ou maculopatia relacionada à idade, é uma doença degenerativa que afeta uma pequena região do centro da retina (mácula). É uma das principais causas de deficiência visual, podendo levar a perda da visão central ou cegueira.

Normalmente, acomete indivíduos com idade igual ou superior a 50 anos. A extensão da perda da visão central varia dependendo do tipo de DMRI (seca ou úmida). A DMRI úmida representa cerca de 10% dos casos de degeneração macular e é a única forma tratável, geralmente envolvendo o uso de inibidores do fator de crescimento endotelial vascular (anti-VEGF), como bevacizumabe, ranibizumabe ou aflibercepte.

Um estudo observacional publicado recentemente no American Journal of Ophthalmology avaliou a experiência dos pacientes com DMRI úmida ao receber a terapia anti-VEGF. Especificamente, o estudo avaliou a frequência dos níveis de ansiedade, depressão e estresse pós-traumático entre os pacientes que receberam o tratamento de DMRI úmida.

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Foram recrutados 300 pacientes com DMRI úmida que receberam tratamento anti-VEGF e 100 cuidadores. Os dados qualitativos sobre a experiência no tratamento foram coletados usando uma pesquisa estruturada.

A coorte de pacientes apresentou maior percentual de mulheres (59,7%) e pacientes que estavam recebendo tratamento por mais de 1 ano (72%). A maioria (85%) apresentou boa acuidade visual ou comprometimento visual leve. No momento da entrevista, mais de 95% dos pacientes não estavam recebendo apoio psicológico ou psiquiátrico. Esse resultado evidência a necessidade de abordar a saúde mental em adultos com perda de visão, especialmente em serviços de saúde dedicados ao cuidado de doenças oftalmológicas.

Os dados qualitativos mostraram que 56% dos pacientes (n=132) relataram ansiedade relacionada ao tratamento anti-VEGF. Os principais motivos de ansiedade foram o medo de ficar cego devido a injeção intravítrea e preocupações com a eficácia do tratamento. Dos questionários validados, 17% dos pacientes (n=52) apresentaram níveis clínicos de ansiedade e 12% (n=36) apresentaram depressão.

Os níveis de depressão foram significativamente maiores em pacientes que receberam até 3 injeções em comparação com pacientes que receberam de 4 a 12 injeções (ANOVA p=0,027) e comparados aos pacientes que receberam mais de 12 injeções (ANOVA p=0,001).

Veja também: ‘Demência associada à depressão diminui com o uso de antidepressivos?’

O estudo mostrou que a terapia anti-VEGF é muitas vezes acompanhada de ansiedade relacionada ao tratamento, independentemente do número de injeções recebidas. Os níveis clínicos de depressão parecem ser mais frequentes em pacientes em estágios iniciais do tratamento anti-VEGF. Estudos adicionais são necessários para proporcionar uma melhor compreensão sobre depressão e ansiedade em pacientes com DMRI úmida e para auxiliar o desenvolvimento de novas ferramentas de intervenção, tanto para o paciente como em nível clínico, com o objetivo de reduzir esses sintomas e melhorar o bem-estar dos indivíduos que recebem terapia anti-VEGF.

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Referência:

  • Senra H, Balaskas K, Mahmoodi N, Aslam T, Experience of Anti-VEGF Treatment and Clinical Levels of Depression and Anxiety in Patients with Wet Age-Related Macular Degeneration, American Journal of Ophthalmology (2017), doi: 10.1016/j.ajo.2017.03.005.

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