ERAS: guideline traz recomendações para cirurgia cardíaca

Novo guideline da ERAS trouxe recomendações para redução de complicações e promoção de retorno precoce às atividades de vida diária após cirurgia cardíaca.

Um novo guideline da Enhanced Recovery After Surgery (ERAS) trouxe recomendações para redução de complicações e promoção de retorno precoce às atividades de vida diária após uma cirurgia cardíaca.

O ERAS é um protocolo de cuidados perioperatórios em diversas especialidades cirúrgicas, já falamos no Portal  PEBMED sobre as recomendações para cesariana.

cirurgiões se preparando para cirurgia cardíaca

Cirurgia cardíaca: estratégias no perioperatório

Pré-operatório

Hemoglobina glicada: Níveis ótimos de HbA1c ( < 6,5%) estão associados a menores taxas de mediastinite, eventos isquêmicos, demais complicações, bem como aumento de sobrevida.

Albumina: Hipoalbuminemia é considerada um fator prognóstico, estando associada a maior risco perioperatório, período de permanência em ventilação mecânica, risco de injuria renal, infecções, tempo de permanência hospitalar e mortalidade.

Hidratação e consumo de líquidos: Tentando refinar o conceito prévio de jejum via oral mandatório de 6-8h antes da cirurgia, o ERAS refere segurança na administração de líquidos claros não alcoólicos até 2h antes da indução anestésica. Refeições leves até 6h antes de procedimentos eletivos com anestesia geral também são encorajadas.

Veja também: É seguro fazer transfusão de sangue na cirurgia cardíaca?

Carbo-loading: A ingesta de fluidos ricos em carboidratos até 2h antes da cirurgia reduz a resistência a insulina e otimiza o controle glicêmico pós-operatório, bem como reduz o íleo pós-operatório. Entretanto, não apresenta nível de evidência suficiente para ser tratada como recomendação de larga escala.

Estratégias intraoperatórias

Controle de infecções: Protocolos de desinfecção nasal e descolonização estafilocócica, tricotomia e profilaxia antimicrobiana. É recomendada administração endovenosa de cefalosporinas 60 min antes da incisão cutânea e manutenção por 48h.

Controle térmico: Hipertermia está associada a disfunção renal, risco de infecção e disfunções cognitivas.

Fixação esternal: Atualmente, é realizada a esternorrafia com fios de aço. A técnica, quando bem executada, está associada a menores taxas de mediastinite, melhor cicatrização óssea e controle de dor.

Estratégias pós-operatórias

O protocolo recomenda:

  • Educação do paciente;
  • Correção de déficits nutricionais;
  • Fisioterapia pré-operatória;
  • Cessação do tabagismo e etilismo.

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Referência bibliográfica:

  • Engelman DT, et al.Guidelines for Perioperative Care in Cardiac Surgery. Enhanced Recovery After Surgery Society Recommendations. JAMA Surg. 2019;154(8):755-766. doi:10.1001/jamasurg.2019.1153

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