Esquizofrenia: antipsicótico injetável versus oral

A esquizofrenia é um distúrbio mental caracterizado por comportamento social fora do normal e pela perda do contato com a realidade.

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A esquizofrenia é um distúrbio mental caracterizado por comportamento social fora do normal e pela perda do contato com a realidade. É uma doença tratável e seu tratamento com medicamentos e apoio psicossocial é eficaz.

Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de esquizofrenia, os antipsicóticos têm finalidade de controlar os sintomas bem como retardar a ocorrência de recaídas. Todos os antipsicóticos, com exceção de clozapina, podem ser utilizados no tratamento do transtorno, sem ordem de preferência.

O palmitato de paliperidona uma vez por mês é um antipsicótico injetável de ação prolongada que pode aumentar as taxas de adesão, reduzir hospitalizações e reduzir os custos médicos comparados aos antipsicóticos orais atípicos em pacientes com esquizofrenia. No entanto, o impacto do medicamento injetável em pacientes recentemente diagnosticados permanece desconhecido.

Com base em bancos de dados do Medicaid healthcare de Nova Jersey, Iowa, Missouri, Mississippi e Kansas, um estudo observacional retrospectivo, publicado recentemente no BMC Psychiatry, comparou a adesão, utilização de recursos em saúde e os gastos entre pacientes com esquizofrenia que iniciaram o tratamento com um medicamento injetável de liberação prolongada (palmitato de paliperidona uma vez ao mês) em comparação com antipsicóticos orais atípicos.

Veja também: ‘Esquizofrenia e diabetes têm as mesmas origens?’

Para o estudo, foram incluídos pacientes recentemente diagnosticados com esquizofrenia (n=227 tratados com antipsicótico injetável e n=2.168 com antipsicótico oral) e a população geral.

Entre os pacientes recentemente diagnosticados, o antipsicótico injetável foi associado a melhor adesão (p<0,001), bem como menor uso de outros medicamentos psiquiátricos, quando comparado com antipsicóticos orais. Para a coorte geral, os resultados de adesão foram semelhantes.

Também foram observados entre menores custos médicos associados ao medicamento injetável. Essas reduções foram principalmente impulsionadas por reduções nos dias de hospitalização e nas visitas domiciliares.

Com base nos resultados, concluiu-se que pacientes que utilizaram o medicamento injetável demonstraram custos médicos significativamente menores compensando os maiores custos de farmácia em relação aos pacientes com antipsicóticos orais atípicos. Dessa forma, destaca-se o potencial impacto econômico do uso de medicamento injetável em pacientes recentemente diagnosticados com esquizofrenia.

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Referências:

  • Pilon D, Muser E, Lefebvre P, Kamstra R, Emond B, Joshi K. Adherence, healthcare resource utilization and Medicaid spending associated with once-monthly paliperidone palmitate versus oral atypical antipsychotic treatment among adults recently diagnosed with schizophrenia. BMC Psychiatry. 2017;17(1):207.
  • Ministério da Saúde(Brasil). Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Esquizofrenia. Portaria SAS/MS n°363 de 9 de abril de 2013. Brasília: Ministério da Saúde; 2013.

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