Estatinas em dose elevada reduzem risco cardiovascular

Um estudo publicado retomou a análise do benefícios do uso de estatinas, medicação de amplo uso na prática médica para tratamento de aterosclerose.

Um estudo publicado em novembro no Journal of the American Medical Association (JAMA) retomou a análise do benefícios do uso de estatinas, medicação de amplo uso na prática médica para tratamento de aterosclerose.

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O estudo demonstrou uma redução do risco de mortalidade em pacientes com doença cardiovascular aterosclerótica, apontando uma relação inversa entre a redução do risco a elevação da dose, ou seja, quanto mais elevada a dose (tratamentos de alta intensidade) maior o benefício em redução do risco de morte.

Os pesquisadores avaliaram dados de 500 mil pacientes, entre 21 e 84 anos de idade, com doença cardiovascular aterosclerótica. Aproximadamente 30% dos pacientes utilizavam estatina em dose elevada (ex: atorvastatina 40 – 80 mg), 46% em dose moderada (ex: atorvastatina 10 – 20 mg), 7% dose baixa (ex: sinvastatina 10 mg) e 18% não utilizavam estatinas. A seleção de cada grupo foi baseado na dose utilizada nos últimos seis meses, sendo excluídos pacientes que utilizavam doses maiores que a atual nos últimos cinco anos.

Veja também: ‘Uso de estatina é associado ao desenvolvimento de Parkinson’

A mortalidade em um ano foi menor no grupo com terapia com doses elevadas (4.0%) quando comparado com o grupo de dose moderada (4.8%), baixa (5.7%) e sem estatinas (6.6%). O beneficio se estendeu tanto a pacientes jovens ou mais velhos, aos outros subgrupos analisados no estudo.

Já abordamos o tema estatinas em nosso portal, extrapolando os benefícios e os riscos desta medicação. O estudo publicado no JAMA possui um impacto significativo na prevenção secundária de doença cardiovascular aterosclerótica.

Ainda há alguns pontos de incerteza a respeito do uso de terapias de alta intensidade utilizando estatinas, porém o estudo traduz para o mundo reais evidências do benefício desta terapia. Apesar dos efeitos colaterais, de ocorrência variável nos estudos, torna-se cada vez mais sólido o papel das estatinas na prevenção de eventos cardiovasculares, quase incontestável, não fosse a medicina uma ciência tão dinâmica em novas verdades.

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Referências:

  • Rodriguez F, Maron DJ, Knowles JW, Virani SS, Lin S, Heidenreich PA. Association Between Intensity of Statin Therapy and Mortality in Patients With Atherosclerotic Cardiovascular Disease. JAMA Cardiol. Published online November 09, 2016. doi:10.1001/jamacardio.2016.4052

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