O Portal PEBMED é destinado para médicos e demais profissionais de saúde. Nossos conteúdos informam panoramas recentes da medicina.
Caso tenha interesse em divulgar seu currículo na internet, se conectar com pacientes e aumentar seus diferenciais, crie um perfil gratuito no AgendarConsulta, o site parceiro da PEBMED.
Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.
O abscesso cerebral ocorre quando uma infecção causada por bactérias ou protozoários atinge o cérebro e há purulência envolta por células da glia e fibroblastos, criando uma cápsula. Devido à raridade e aos diversos desdobramentos da doença, ainda não há um guia sólido baseado em evidências para orientar os médicos no tratamento e nas possíveis tomadas de decisão.
Com o objetivo de coletar mais informações e traçar estratégias para conter a infecção supurada no cérebro, neurologistas dos Estados Unidos realizaram uma pesquisa, entre 2010 e 2016, com dados de dois centros de referência no tratamento da enfermidade.
Leia mais: Você sabe como funciona a cirurgia cerebral com o paciente acordado?
O estudo de coorte contou com 113 participantes diagnosticados com abscesso cerebral (64%) ou empiema subdural (36%), com idade entre 16 e 86 anos (média de 53 anos), 65% eram homens e 19% apresentavam algum tipo de imunocomprometimento. Em 86% dos casos, constatou-se a presença de patogênicos, como as bactérias estafilococos, estreptococos e anaeróbicas; em 40% dos indivíduos a infeção foi polimicrobiana.
No decorrer da pesquisa, os pacientes receberam tratamentos diversos. Todos os participantes foram medicados com antibióticos por via intravenosa, no período mínimo de 4 semanas, e, logo após, continuaram com a medicação antimicrobiana por mais 6 semanas no mínimo. Foi administrada uma grande variedade de fármacos em diferentes combinações, com predominância de cefotaxima, linezolida, meropeném, ampicilina e metronidazol. As medicações foram combinadas com drenagem neurocirúrgica do abscesso, e cirurgia adicional para controle de danos.
Resultados
Após um ano de análise, os indivíduos apresentaram melhora clínica em 64% dos casos, 31% ficaram com alguma sequela crônica, moderada ou grave, e 5% vieram a óbito. Os pesquisadores consideraram os resultados animadores, principalmente no que concerne às melhores estratégias para reduzir a mortalidade e prevenir efeitos colaterais incapacitantes nos pacientes acometidos com abscesso cerebral.
Tenha em mãos informações objetivas e rápidas sobre práticas médicas. Baixe o Whitebook.
Referências:
Widdrington, J.D., Bond, H., Schwab, U. et al. Infection (2018). https://doi.org/10.1007/s15010-018-1182-9
Autor(a):
Seu comentário será analisado e publicado em breve, se estiver em conformidade com os nossos Termos de Uso.