Dois grandes estudos americanos analisaram a eficácia do Tolvaptan no tratamento da insuficiência cardíaca aguda e não encontraram evidências de melhora nos resultados clínicos.
Em um dos ensaios, Tolvaptan antagonista V2 seletivo oral não deu mais alívio da dispneia sem a necessidade de terapia de resgate, em comparação com placebo (16% versus 20%, P = 0,32). Os pesquisadores encontraram um “tendência” para a melhoria da dispneia e uma maior proporção de respostas entre 48 e 72 horas.
No entanto, o grupo concluiu que o preço do Tolvaptan, que é muito alto no mercado americano, nesse cenário clínico não é justificado. Além disso, os dados do estudo não apoiam uma expansão do papel do medicamento em pacientes com IC aguda para além da indicação atual do FDA para hiponatremia.
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Em outro ensaio separado, os autores também encontraram sinais de que alguns pacientes podem se beneficiar do medicamento posteriormente.
O grupo que recebeu Tolvaptan mostrou maior perda de peso com nenhuma desvantagem na função renal. Não houve diferença na dispneia em 8 ou 16 horas. Já no 3º dia, a proporção de doentes com melhoria moderada ou marcada foi maior no grupo de Tolvaptan em comparação ao placebo (81,2% versus 66,3%, P = 0,02).
Mesmo assim, os resultados clínicos não diferiram entre os grupos: taxa de reinternações por insuficiência cardíaca ou morte em 30 dias (11,8% para Tolvaptan contra 12,8% para o placebo, p = 0,74) e número de dias vivos e fora do hospital (22,6 dias versus 21,6 dias, p = 0,14) foram semelhantes entre os pacientes.
Para os pesquisadores, a necessidade de desenvolver melhores estratégias para o tratamento da IC aguda continua a ser um desafio para os profissionais de saúde.
Referências: