Estudo identifica estetoscópios contaminados com bactérias em UTI

Uma pesquisa averiguou que estetoscópios contaminados com bactérias nosocomiais estavam em pleno uso na unidade hospitalar de uma universidade americana. Entenda:

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É de conhecimento geral que um ambiente hospitalar bem esterilizado é essencial para evitar infecções por microrganismos, principalmente em locais cirúrgicos ou em unidades de terapia intensiva (UTIs), onde o risco de sepse é uma realidade em potencial. O uso de cateteres e outros instrumentos pode provocar a disseminação de bactérias e doenças.

Em novembro do ano passado, por exemplo, a reutilização de termômetros axilares transformou a Central de Terapia Intensiva Neurológica da Universidade de Oxford em um foco de transmissão de candidíase causada pelo fungo Candida auris. Em outubro de 2018, um estudo publicado no Journal of the American Geriatrics Society constatou que a troca de cateter é ineficaz na diminuição do risco de infecção de trato urinário e sepse em pacientes em UTI.

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Desta vez, um estudo publicado em dezembro no Infection Control & Hospital Epidemiology, periódico da Universidade de Cambridge, averiguou que estetoscópios contaminados com bactérias nosocomiais estavam em pleno uso na unidade hospitalar. O levantamento verificou equipamentos de uma UTI do hospital da Universidade da Pensilvania, nos Estados Unidos. Foram analisadas várias amostras de estetoscópios de usos diversos, como os de uso comum entre os enfermeiros, os individuais pertencentes às salas de pacientes e os estetoscópios de uso próprio ainda sem utilização.

Para identificar os níveis de bactérias nos equipamentos, foi aplicado um sequenciamento profundo do RNA 16S, este sequenciamento analisou, quantificação e perfilou os agentes microbianos. As bactérias mais comuns encontradas nos estetoscópios analisados foram Staphylococcus aureus, PseudomonasAcinetobacter, EnterococcusClostridium, e Stenotrophomonas.

O estudo constatou que os níveis de bactérias foram maiores nos estetoscópios dos enfermeiros e nos das salas de pacientes do que nos estetoscópios novos. Após a esterilização dos equipamentos dos enfermeiros, os níveis bacterianos caíram significativamente, porém não ainda se comparavam com os dos estetoscópios novos.

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Referências:

  • Knecht VR et al. Molecular analysis of bacterial contamination on stethoscopes in an intensive care unit. Infect Control Hosp Epidemiol 2018 Dec 18; [e-pub]. (https://doi.org/10.1017/ice.2018.319)

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