Evitar o sol é tão perigoso para a saúde da mulher quanto fumar

Indivíduos não-fumantes que evitam pegar sol tem uma expectativa de vida similar à fumantes que se expõem regularmente ao sol.

bIndivíduos não-fumantes que evitam pegar sol tem uma expectativa de vida similar à fumantes que se expõem regularmente ao sol. Essa foi a conclusão de um estudo feito por pesquisadores com cerca de 30 mil mulheres na Suécia, nos últimos 20 anos.

No artigo publicado no Journal of Internal Medicine, os dados indicam que evitar o sol é um fator de risco tão grave quanto fumar. A expectativa de vida daqueles que evitam a exposição solar passou de 0.6 para 2.1 anos a menos, em comparação com aqueles que se expõem ao sol.

Mulheres com o hábito de pegar sol tem menos risco de doenças cardiovasculares, diabetes, esclerose múltipla e doenças pulmonares. E os benefícios do sol aumentam de acordo com o tempo de exposição.

Os pesquisadores reconhecem que essa descoberta pode parecer contraditória, já que exposição direta ao sol aumenta o risco de câncer de pele, mas eles descobriram que os prognósticos são melhores nesses casos. Então, seria tudo uma questão de balancear bem essa exposição, sempre buscando o equilíbrio.

“É indiscutível o benefício da exposição solar para a saúde, mas também sabemos de seus efeitos cutâneos em relação a carcinogênese e ao fotoenvelhecimento. O ideal, é encontrar o equilíbrio entre a fotoproteção e exposição, para garantir os benefícios e evitar os malefícios.”, explica a Dra. Jaqueline Barbeito, médica dermatologista pela UERJ e Vice-presidente da Associação dos Dermatologistas da UERJ (ADUERJ).

“De acordo com o Consenso Brasileiro de Fotoproteção publicado e atualizado em 2014, pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, devemos evitar a exposição entre 10h e 15h, em que a radiação UV é mais intensa. A exposição solar fora dessa faixa, deve ser estimulada com o uso de protetor solar (FPS igual ou superior a 30) para todas as pessoas acima de 6 meses de vida. Sabemos que o uso de protetor solar reduz de forma significativa a penetração de radiação UV na pele, que é necessária para o metabolismo de vitamina D. No entanto, o uso habitual de fotoprotetores não foi apontado como causa de deficiência desta vitamina.”, destaca Dra. Barbeito.

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Levando em conta essas descobertas, mulheres não devem se expor muito ao sol, mas evitá-lo completamente pode ser muito mais perigoso. Ao lado de fumar, estar acima do peso e inatividade, não pegar sol é um fator perigoso para a saúde. Essa orientação vale para todos os tipos de pele, até para mulheres com pigmentação na pele. E como melanomas são raros em caso de peles mais escuras, os benefícios são ainda maiores em comparação aos riscos

“Pacientes com insuficiência ou deficiência de vitamina D devem procurar seus médicos para serem orientados individualmente quanto a reposição vitamínica e exposição solar adequada. Por fim, vale lembrar, que o estudo relatado acima foi realizado na Suécia, que tem clima e intensidade de radiação UV bem diferentes do Brasil. Aqui, praticamos exposição solar simplesmente ao sairmos de casa. É muito importante que todos os brasileiros frequentem regularmente o seu médico Dermatologista, a prevenção é o melhor caminho.”, finaliza a Dra. Barbeito.

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Referências: Journal of Internal Medicine https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/joim.12496/full

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