Exercício físico pode diminuir em 10 anos a perda cognitiva

Indivíduos com baixo nível de atividade física apresentaram maior declínio cognitivo comparados à pacientes que fizeram exercício moderado a intenso.

bRecentemente foram publicadas duas análises de pesquisadores da Universidade de Miami (Florida, EUA) e Columbia (Nova Iorque, EUA), re-examinando dados do grande estudo Nova Iorquino NOMAS (Northern Manhattan Study), com objetivo de avaliar o impacto de fatores de risco para doenças cardiovasculares e disfunção cognitiva tardia.

O primeiro estudo, publicado na Neurology em março, apontou que indivíduos com baixo nível de atividade física por volta dos 60 anos apresentaram maior declínio cognitivo nos anos subsequentes, quando comparado com pacientes que fizeram exercício moderado a intenso. A diferença de declínio entre os dois grupos foi de 10 anos de envelhecimento.

A análise concluiu que pessoas idosas, que exercitam-se regularmente, mantém suas habilidades cognitivas por mais tempo. A diferença estava diretamente relacionada a intensidade do exercício, como corrida ou natação contra caminhada.

Este tipo de estudo já havia sido realizado com populações brancas, porém com a inclusão dos dados do NOMAS muito se adicionou em etnia e diferenças sócio culturais.

Já o segundo estudo, publicado no Journal of the American heart Association, focou nos 7 indicadores de saúde da American Heart Association (AHA) já citados em outro artigo do nosso portal:

  1. Cessar tabagismo;
  2. IMC: 18,5 a 24,9 kg/m2, sendo < 22 o índice considerado mais satisfatório;
  3. Atividade física regular: Ao menos 150 min/semana de exercício de moderada intensidade (caminhada rápida) ou 75 min/semana de exercícios de alta intensidade;
  4. Hábitos alimentares: Dieta balanceada, baseada nos guidelines do AHA e recomendações nutricionais*1;
  5. Pressão arterial: < 120 x 80 mmHg;
  6. Controle lipídico: Colesterol Total < 200 mg/dL, HDL > 40 mg/dL (homens) e 50 mg/dL (mulheres) e LDL < 100 mg/dL;
  7. Glicemia de jejum: < 100 mg/dL.

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Os resultados apontaram que pacientes com maior número desses indicadores positivos da AHA possuem menos chance de declínio cognitivo precoce, especialmente no processo de execução, memória episódica e velocidade de entendimento. Dos 7 fatores, o cessar tabagismo e níveis adequados de glicemia parecem os mais importantes.

Hábitos relacionados a uma vida saudável associados a prática de atividade física regular são fundamentais para garantir uma vida saudável para qualquer pessoa. A recomendação médica com orientações faz parte do trabalho a ser repetido em todas as consultas.

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Referências:
1) Joshua Z. Willey, MD, MS et al.  Leisure-time physical activity associates with cognitive decline – The Northern Manhattan Study
2) Hannah Gardener, ScD et al. Ideal Cardiovascular Health and Cognitive Aging in the Northern Manhattan Study

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