Febre amarela: morte de macacos alerta para possibilidade de surtos no país

Outra doença que volta a ser preocupante no verão é a febre amarela. O Ministério da Saúde confirmou a morte de 38 macacos pelo vírus.

Outra doença que volta a ser preocupante no verão é a febre amarela. O Ministério da Saúde emitiu um alerta no último dia 15, após a divulgação do Boletim Epidemiológico da doença, sobre a confirmação da morte de 38 macacos pelo vírus no Paraná (89%), Santa Catarina e São Paulo. Mais de 300 mortes ainda permanecem em investigação.

A probabilidade de surtos nestas localidades aumenta neste período, já que a transmissão da doença acontece por meio de mosquitos, que se reproduzem com mais facilidade no verão e época de chuvas.

Segundo os dados do Ministério da Saúde, do monitoramento 2019/2020, que começou em julho o último ano, mais de 300 casos suspeitos da doença foram notificados, dos quais 51 ainda estão em investigação. Os notificações são de todas as regiões do país, mas os estados com maior número de casos são São Paulo (mais de 44%), Paraná, Goiás e Minas Gerais.

Veja também: Febre amarela: perguntas e respostas sobre a doença

Transmissão da febre amarela

No momento, a febre amarela ainda é transmitida por mosquitos de espécies silvestres, em regiões rurais, como Haemagogus e Sabethe, em um ciclo que envolve macacos, mosquitos e pessoas.

O Aedes aegypti, espécie urbana, também possui a capacidade de transmitir a doença, mas para isso acontecer uma pessoa contaminada deve ser picada pelo mosquito no período de dois dias antes do início dos sintomas a cinco dias depois, quando o vírus está circulando no sangue periférico. Nesse ciclo, o homem é o único hospedeiro, e a transmissão também acontece por mosquito. O risco de isso acontecer aumenta a cada caso e cada nova região que apresenta a doença, por isso é necessário prevenir. Um ciclo urbano poderia aumentar drasticamente os números da doença.

Prevenção

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção e deve ser estimulada para todos os pacientes que ainda não foram imunizados. A vacina para a febre amarela não era prioridade em todo o território, mas este ano, no novo calendário vacinal, o Ministério da Saúde estendeu para todos os estados a necessidade de vacinação.

Neste momento é muito importante realizar ações nas regiões Sul e Sudeste, onde a cobertura é baixa e as mortes de macacos aconteceram, para conscientizar a população.

Para adultos, uma única dose é necessária para a vida toda. Crianças menores, porém, precisam tomar um reforço aos quatro anos de idade.

Surtos da doença

A preocupação com relação à febre amarela vem aumentando a cada ano. Isso porque a doença, desde 2014, se espalhou progressivamente pelo Brasil, atingindo regiões onde a vacinação ainda não era recomendada. Os maiores surtos, desde a descrição da transmissão na década de 1930, aconteceram de 2016 para 2017, e 2017 para 2018, quando foram mais de 2 mil casos foram registrados, com mais de 700 mortes.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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