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Uma boa parcela dos atendimentos em pediatria possui como queixa principal a febre com menos de sete dias. Em muitos desses atendimentos, ela é o único sinal que a criança apresenta. Dessa forma, é imprescindível que o enfermeiro que atua em unidades de emergência pediátrica, saiba não só como cuidar da criança com febre, mas principalmente, saiba classificar os casos em que a febre pode oferecer maior risco para a criança.
A febre é uma resposta do organismo a inúmeros estímulos, caracterizada pela elevação da temperatura corporal acima de 37,8ºC. Essa resposta é mediada pelo centro termorregulador no sistema nervoso central. Entretanto, devemos considerar alguns aspectos importantes: crianças menores de um ano possuem temperatura corporal normal maior do que crianças maiores e adultos; no sexo feminino, a temperatura corporal é mais elevada do que no sexo masculino; atividade física aumenta a temperatura; e, roupas em excesso e, ambiente quente e pouco ventilado, aumentam a temperatura dos bebês, por terem o centro termorregulador ainda imaturo.
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A febre é um sinal e pode ter inúmeras causas como infecções bacterianas, infecções virais, doença de Kawasaki, febre reumática, doença neoplásica, erupção dentária em bebês, vacinas, distúrbios do sistema de termorregulação, dentre outras causas. Em crianças de três meses a cinco anos, com predisposição genética, a febre súbita pode desencadear episódios convulsivos.
Ao receber uma criança com febre na unidade de pronto atendimento, o enfermeiro deve investigar os seguintes aspectos:
O exame físico da criança com febre deve ser completo e detalhado, e o enfermeiro deve estar alerta para as alterações nos sinais vitais, abaulamento da fontanela anterior em lactentes, recusa alimentar, nível de hidratação da criança, alterações comportamentais como irritabilidade, prostração, choro inconsolável, sonolência, desconforto respiratório e presença de petéquias.
Quando a febre for o único sinal apresentado pela criança, com duração de menos de sete dias, ou seja febre sem sinais localizatórios (FSSL), ela deve ser classificada e manejada de formas diferentes pela equipe de enfermagem, de acordo com a faixa de idade.
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