Gota e Colchicina: cuidado na prescrição

Existem alguns pontos importantes sobre a prescrição da Colchicina, como a quantidade a ser usada pelo paciente. Leia o post completo e saiba mais!

Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia a dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica.

Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

A conduta para uso da Colchicina no passado era de fazer o uso até o paciente ter diarreia. Atualmente, o medicamento não é mais usado dessa forma. Pelo contrário, a prescrição é feita com cautela devido ao seu potencial de toxicidade.

Continue a leitura e saiba mais sobre o uso da droga nos dias atuais!

Existem alguns pontos muitos importantes sobre a prescrição da Colchicina:

  1. A quantidade a ser usada pelo paciente.
  2. Os cuidados com quem tem alteração na função renal.
  3. Interação medicamentosa.

Atualmente, o indicado são 3 comprimidos do primeiro para o segundo dia, e depois 2 comprimidos por dia se a função renal da pessoa permitir.

diretriz do American College of Rheumatology de 2020 diz que para ter um menor risco de efeitos adversos, a Colchicina sendo o medicamento de escolha, é recomendada em baixas doses em vez de em altas doses.

Para quem tem alteração nos rins, o uso é limitado porque a eliminação do remédio é renal. A presença de doença renal crônica pode aumentar os níveis séricos da Colchicina, caso não ocorra o ajuste das doses, podendo causar toxicidade pela droga.

Já a interação medicamentosa pode acontecer com os inibidores do citocromo P450 ou da P-gp, como macrolídeos (Claritromicina, Azitromicina), Ciclosporina, Amiodarona e Quinidina, entre outras drogas.

Na conduta do Whitebook você encontra todas as contraindicações à Colchicina. 😉

Leia também: Qual é o impacto da gota globalmente?

No podcast do Whitebook, o Dr. Gustavo Balbi, reumatologisa e conteudista do aplicativo, falou sobre os exames laboratoriais que devem ser solicitados ao paciente com gota e tratamento.

Ouça o podcast completo aqui!

No quadro clínico diferenciam-se quatro estágios na história natural da doença por deposição de cristais de urato:

  • Hiperuricemia assintomática: antes de desenvolver a primeira crise aguda de gota, o paciente normalmente apresenta hiperuricemia assintomática por vários anos;
  • Artrite gotosa aguda: episódio agudo de gota caracterizado por dor monoarticular intensa, calor, rubor, edema e limitação funcional da articulação envolvida, mais comumente em membro inferior (primeira metatarsofalangiana ou joelho, porém não limitada a essas articulações);
  • Período intercrítico e artrite gotosa recorrente: período que se inicia após a crise aguda, estendendo-se até o episódio de crise seguinte. Inicialmente, o período intercrítico caracteriza-se por ser totalmente assintomático; no entanto, com a progressão da doença, podem ocorrer sintomas relacionados à lesão crônica das articulações (gota avançada);
  • Artrite gotosa avançada (gota tofácea crônica): caracterizada por coleções de sais de urato sólidos acompanhados por inflamação crônica, com destruição do tecido circunjacente. Tofos são comuns nas orelhas, em estruturas articulares, tendões ou bursas.

Acesse os conteúdos do Whitebook sobre o tema:

Gostou de saber mais sobre a Colchicina? Deixe seu comentário na caixa abaixo!

Coautor: Dr. Gustavo Balbi, reumatologista.

Até mais!

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