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Na última semana, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com o apoio institucional do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), publicou a Demografia Médica 2018 no Brasil. A partir desse documento, a PEBMED preparou uma análise da profissão.
Perfil dos médicos no Brasil
O Brasil tem em 2018 um registro de 452.801 médicos para uma população de 207.660.929, atingindo uma razão de 2,18 médicos por 1.000 habitantes. Duas características chamam a atenção:
– O rejuvenescimento dos médicos. Hoje, a média de idade é de 45,4 anos e essa média vem caindo com o passar do tempo.
– A feminização da categoria. Desde 2011, a entrada de mulheres na medicina tem sido maior que a de homens e elas representam atualmente 45,6% da população médica.
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Distribuição geográfica e em especialidades
Outro aspecto importante é a distribuição de médicos no Brasil, que continua desigual mesmo com a abertura de novas escolas de Medicina. O Sudeste é a região com maior densidade médica por habitante (razão de 2,81) contra 1,16, no Norte, e 1,41, no Nordeste.
O número sobre especialidades também chama atenção. Do total de médicos em atividade no Brasil, 62,5% têm um ou mais títulos; quatro especialidades concentram 39% dos especialistas do país.
As cinco mais procuradas são:
1° Clínica médica – 42.728 títulos
2° Pediatria – 39.234 títulos
3° Cirurgia Geral – 34.065 títulos
4° Ginecologia e Obstetrícia – 30.415 títulos
5° Anestesiologia – 23.021 títulos
Veja o Top 10 especialidades médicas no Brasil
Já as cinco com menos adesões são:
1° Genética Médica – 305 títulos
2° Radioterapia – 734 títulos
3° Cirurgia da Mão – 791 títulos
4º Medicina Legal e Perícia Médica – 827 títulos
5° Medicina Esportiva – 869 títulos
A especialidade mais masculina continua sendo a Urologia, com 97,8% de homens, e a mais feminina a Dermatologia, com 77,1% de mulheres.
Local de trabalho
O hospital é o lugar preferido de trabalho de quase 80% dos formandos; 50% pretendem trabalhar em consultório particular. O interesse por trabalhar em Unidades Básicas de Saúde e Estratégia Saúde da Família é maior entre os formados do Norte e Nordeste (mais de 1/3).
Na pesquisa, 84% dos formandos disseram que as condições de trabalho são determinantes na escolha do local de trabalho e cidade. Quando questionados se optariam pelo SUS caso as condições de trabalho, remuneração e carga horária fossem equivalentes às do setor privado, 47% dos formandos disseram que sim.
Essa avaliação nos ajuda a entender os caminhos que estão sendo tomados na Medicina brasileira, podendo tirar a partir desses dados as mudanças a serem feitas, o que tem sido realizado de forma correta, e para que você, médico, tome as melhores decisões para seu gerenciamento de carreira.
Referências: